Ariel Freitas | 17 de outubro de 2025 - 08h55

Como garantir que sua bebida seja segura: dicas para evitar riscos de metanol

Entenda os canais confiáveis de compra e os cuidados para consumir destilados com tranquilidade

BRASIL
Distribuidores homologados e grandes redes de supermercados compram bebidas diretamente com fabricantes. - (Foto: davit85 /Adobe Stock)

Casos recentes de intoxicação por metanol geraram preocupação sobre a origem das bebidas consumidas em bares, restaurantes e supermercados. Para minimizar riscos, o caminho é garantir que a bebida percorra um sistema de comercialização controlado, desde a produção até o consumidor final.

No Brasil, há dois modelos seguros para que lojas e estabelecimentos adquiram bebidas:

Distribuidores homologados

São empresas aprovadas pelas marcas para operar como revendedoras. Elas precisam comprovar capacidade logística, estrutura e qualidade na armazenagem. No Brasil, por exemplo, a Diageo e a Pernod Ricard têm cada uma 53 distribuidores homologados, que podem ser consultados nos sites oficiais.

Em ambos os casos, diz a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), a autenticidade e a integridade dos produtos ficam mais garantidas.

Fiscalização em múltiplos níveis

A lei de 1994 delega ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o papel de registrar, padronizar e fiscalizar bebidas no país.
Além disso, esse órgão pode autorizar que agências estaduais e municipais de saúde atuem na fiscalização local, assegurando que o controle ocorra em todas as etapas — da produção ao ponto de venda.

Casas de coquetelaria e bares tradicionais somente adquirem produtos de distribuidores homologados, aprovados pelas fabricantes. Os distribuidores são fiscalizados quanto ao armazenamento, logística e capacidade de abastecimento.

Além disso, marcas mantêm lojas oficiais online (como a The Bar, da Diageo) e colaboram com marketplaces, desde que as lojas estejam verificadas pelas próprias fabricantes.

Organizações como a ABBD e a Abrasel promovem cursos e treinamentos (ex: programa “Bebida Segura”) para capacitar restaurantes e bares quanto à procedência e ao controle dos produtos vendidos. Mais de 13 mil empresas já foram atendidas.

Bartenders relatam que aprenderam a detectar indícios de falsificação — por exemplo, reconhecer rótulos borrados ou textos incorretos. Uma dica frequente: o rótulo oficial não “desfila” nem mancha com água.

Recomendações essenciais para consumidores

Com essas práticas, o consumidor passa a ter uma linha de defesa ativa contra produtos inseguros. A transparência — tanto do estabelecimento quanto do cliente — torna-se peça central para preservar a saúde e confiança na produção de bebidas no Brasil.