16 de outubro de 2025 - 09h05

Nestlé anuncia corte de 16 mil vagas e amplia meta de economia global até 2027

Novo CEO, Philipp Navratil, aposta em reestruturação e maior eficiência para impulsionar crescimento da companhia.

ECONOMIA
Reestruturação da Nestlé afetará 6% do quadro de funcionários no mundo. - (Foto: Jaque Silva / SOPA Images)

A Nestlé iniciou um amplo processo de reestruturação e pretende eliminar 16 mil postos de trabalho em todo o mundo nos próximos dois anos. O corte representa cerca de 6% do total de funcionários, em um movimento que acompanha a revisão da meta de economia de custos, agora ampliada para 3 bilhões de francos suíços até 2027. Antes, o objetivo era de 2,5 bilhões.

O anúncio marca a primeira divulgação de resultados sob o comando do novo CEO, Philipp Navratil, que assumiu o cargo em substituição a Laurent Freixe. Segundo o executivo, a companhia precisa acelerar mudanças diante das transformações globais.

“O mundo está mudando, e a Nestlé precisa mudar mais rápido”, declarou Navratil.

A redução de pessoal envolve 12 mil cargos administrativos em diferentes regiões e áreas, além de 4 mil vagas nas operações de manufatura e na cadeia de suprimentos. A empresa, que conta com cerca de 277 mil empregados, informou que o processo de cortes já começou e será intensificado até 2027.

Navratil destacou que a prioridade agora é retomar o crescimento baseado em volume e que a companhia deve aumentar os investimentos para alcançar esse objetivo.

No terceiro trimestre, o crescimento orgânico das vendas atingiu 4,3%, acima dos 2,9% do primeiro semestre. O crescimento interno real, indicador que mede o volume de vendas, subiu 1,5%, revertendo a queda de 0,4% observada anteriormente.

Nos nove primeiros meses de 2025, a Nestlé registrou receita de 65,87 bilhões de francos suíços, avanço de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior — resultado em linha com as projeções de mercado.

A empresa manteve suas previsões para o fechamento de 2025, esperando que o desempenho supere o de 2024, quando as vendas cresceram 2,2%. A meta de margem operacional ajustada continua em 16% ou mais.