Da Redação | 15 de outubro de 2025 - 12h30

'A Crítica Visita': Regulação do gás natural busca tarifa justa e energia mais limpa em MS

Coordenadora da AGEMS detalha como equilíbrio econômico e eficiência regulatória garantem serviços sustentáveis sem pesar no bolso do consumidor

SOLUÇÕES

No cenário atual em que sustentabilidade e economia caminham juntas, a regulação do gás natural em Mato Grosso do Sul tem ganhado atenção por buscar soluções que garantam acesso a energia limpa sem comprometer o orçamento dos consumidores. Essa é a missão explicada pela coordenadora técnica de Regulação Econômica de Gás e Energia da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS), Zaida Godoy, em entrevista ao podcast A Crítica Visita.

Segundo Zaida, o papel da regulação econômica é intervir quando o mercado, sozinho, não consegue garantir um serviço essencial com equilíbrio e qualidade. “Quando você só tem uma empresa operando em determinado serviço, como é o caso do gás natural canalizado, o Estado precisa atuar para garantir que o preço cobrado seja justo e que o serviço evolua”, destacou.

Um dos pontos centrais da entrevista foi o conceito de tarifa justa. “Ela precisa ser suficiente para remunerar a operação, permitir investimentos e, ao mesmo tempo, não ser pesada para o consumidor”, explicou Zaida. O contrato de concessão da MS Gás, única distribuidora do Estado, prevê etapas de investimentos e crescimento gradual da rede para que os custos não sejam repassados de forma imediata e desequilibrada ao usuário.

E os números mostram esse avanço: de 3 mil unidades consumidoras conectadas há alguns anos, a MS Gás saltou para 22 mil conexões. “A expansão está sendo planejada, em etapas, justamente para acompanhar o que o consumidor pode pagar sem perder a qualidade do serviço”, destacou.

Zaida também falou sobre o conceito de regulação responsiva, que busca resultados com o menor custo possível. “Se conseguimos regular com eficiência, o resultado é um serviço mais confiável e com tarifa mais baixa. Isso gera um ambiente favorável também para novos investimentos”, afirmou.

A lógica, segundo ela, é simples: “Quando se gasta menos com desperdícios e se cumpre metas bem definidas, quem ganha é toda a cadeia, consumidor, concessionária e Estado”.

Energia mais limpa começa pela regulação - Apesar de a energia elétrica ser regulada pela União, a AGEMS atua em cooperação com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), fiscalizando e acompanhando metas em Mato Grosso do Sul. Já no setor de gás natural, a competência é totalmente estadual.

E esse segmento tem papel estratégico para um futuro mais sustentável. “O gás natural é peça importante para uma transição energética limpa. Ele substitui fontes mais poluentes e tem aplicação em diversas frentes do transporte à indústria”, ressaltou Zaida. Confira a entrevista na íntegra: