Fátima Lessa | 15 de outubro de 2025 - 11h45

Vídeo polêmico coloca padre de Nova Maringá (MT) sob investigação da Diocese e da polícia

Imagens de jovem na casa paroquial circulam nas redes sociais; padre nega envolvimento sexual

BRASIL
Diocese investiga padre flagrado com noiva de fiel em casa paroquial, em MT. - (Foto: Reprodução/Rede Social)

Um vídeo gravado na casa paroquial de Nova Maringá (MT), a 392 km de Cuiabá, gerou polêmica envolvendo o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. As imagens, compartilhadas nas redes sociais desde o início da semana, mostram pessoas tentando localizar uma jovem de 21 anos no local, enquanto o padre aparece sem camisa.

A Diocese de Diamantino abriu uma investigação canônica para apurar a conduta do sacerdote, enquanto a Polícia Civil instaurou inquérito na Delegacia de São José do Rio Claro (MT) para apurar a divulgação indevida de imagens da jovem. A corporação informou que as investigações estão em fase inicial e detalhes não serão divulgados para não comprometer o andamento do caso.

O episódio teria ocorrido no sábado, 11, mas ganhou repercussão apenas na segunda-feira, 13, quando o vídeo começou a circular. Nas imagens, o noivo da jovem tenta arrombar a porta do banheiro da casa paroquial, enquanto o padre tenta explicar a presença dela no local.

Em áudios atribuídos a Simplício, ele nega qualquer envolvimento sexual. Segundo os registros, a jovem teria pedido permissão para usar um quarto externo da casa paroquial para se trocar e tomar banho, após ajudar em atividades da igreja. “Não teve nada. Ela só queria se arrumar e acabou ficando ali. O rapaz entendeu tudo errado”, diz o áudio.

Investigação canônica

A Diocese explicou que a investigação canônica segue o Direito Canônico, regulando condutas de padres e membros do clero, incluindo questões como celibato, administração de paróquias e punições disciplinares. A instituição pediu compreensão e oração dos fiéis, afirmando que todas as medidas previstas estão sendo tomadas.

Desde a repercussão, o padre apagou suas redes sociais e suspendeu publicações do perfil "Alô, Meu Deus", usado para orações diárias. O resultado da investigação eclesiástica será enviado ao bispo diocesano, que decidirá se o caso será tratado localmente ou encaminhado à Congregação para o Clero, no Vaticano.