Redação | 15 de outubro de 2025 - 07h40

EUA revogam vistos de seis estrangeiros por comentários sobre assassinato de Charlie Kirk

Brasileiro está entre os países impactados; medida segue campanha para punir postagens que celebram morte

INTERNACIONAL
Charlie Kirk, fundador da Turning Point USA, coloca um boné MAGA durante a conferência AmericaFest 2024, patrocinada pelo grupo conservador Turning Point, em Phoenix, Arizona, EUA, em 19 de dezembro de 2024. - (Foto: REUTERS/Cheney Orr/Foto de arquivo)

O governo de Donald Trump revogou nesta terça-feira (14) os vistos de seis estrangeiros, inclusive um brasileiro, em razão de comentários nas redes sociais considerados irônicos ou que diminuíam o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. A ação foi anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA. 

Os indivíduos são originários de Argentina, Brasil, Alemanha, México, Paraguai e África do Sul, mas seus nomes não foram divulgados.A medida segue critério previamente anunciado pelo governo de que pessoas que “elogiem, racionalizem ou minimizem” a morte de cidadãos americanos não serão bem-vindas ao país. 

O anúncio ocorre no mesmo dia em que Trump concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade, postumamente, a Kirk. 

Desde o assassinato de Kirk, políticos e órgãos do governo têm atuado para punir manifestações críticas ou sarcasticamente elaboradas sobre o caso. Vistas revogadas, demissões de jornalistas e professores e cancelamento de vistos para críticos têm sido parte dessa ofensiva. O Departamento de Estado afirmou:

“Os estrangeiros que se aproveitam da hospitalidade dos Estados Unidos enquanto comemoram o assassinato de nossos cidadãos serão removidos.” 

O convite aberto à população para denunciar publicações ofensivas também reforça o monitoramento intenso do governo sobre o discurso digital externo. 

Entidades de direitos civis criticam a revogação como violação da liberdade de expressão, especialmente pelo fato de atingir cidadãos nãoamericanos por discursos feitos fora do território dos EUA.  Também há debate jurídico sobre até que ponto o Estado americano pode punir opiniões emitidas por pessoas estrangeiras em plataformas globais