14 de outubro de 2025 - 22h00

Padilha visita hospital inteligente na China e projeta modelo semelhante no SUS até 2027

Primeira unidade brasileira deve ser construída em São Paulo e terá 800 leitos para atendimentos de alta complexidade

SAÚDE
Padilha visita hospital inteligente na China e prevê modelo semelhante no SUS a partir de 2027, com 800 leitos em São Paulo. - (Foto: Beijing Tiantan Hospital/Divulgação)

Durante missão oficial à China, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou nesta terça-feira (14) o Beijing Tiantan Hospital, referência internacional em tecnologia aplicada à saúde. A unidade é considerada um hospital inteligente, modelo que o governo brasileiro pretende adotar na rede pública a partir de 2027.

De acordo com Padilha, o hospital inteligente é estruturado para acompanhar o paciente mesmo após a internação ou consulta, por meio de sistemas digitais integrados. “O paciente volta para casa, o hospital registra todas as suas informações, os médicos debatem os casos e ele espera a consulta. Isso reduz gastos e melhora a qualidade do atendimento", explicou o ministro em nota do Ministério da Saúde.

No Brasil, o projeto será liderado pelo Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil), que planeja a construção do primeiro hospital público inteligente em São Paulo, com previsão de início das operações até o final de 2027. A unidade contará com 800 leitos, voltados para emergências de adultos e crianças em áreas como neurologia, neurocirurgia, cardiologia, terapia intensiva e outras urgências.

Padilha destacou que o modelo permitirá uma integração mais eficaz entre os diferentes níveis de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). “O hospital inteligente permitirá integração com a rede de atenção em todas as etapas — da atenção primária ou serviços de urgência e emergência até alta complexidade —, garantindo cuidado mais rápido, eficaz e humano. É a tecnologia a serviço do SUS, do médico ao paciente, da formação profissional à assistência”, afirmou.

Para viabilizar o projeto, o governo federal já solicitou financiamento ao Banco de Desenvolvimento dos BRICS, inspirado em modelos bem-sucedidos da China e da Índia. A expectativa é de que a instituição financeira dê uma resposta até o fim deste ano.

Além do projeto dos hospitais inteligentes, o Brasil e a China mantêm acordos bilaterais nas áreas de vacinas, medicamentos e equipamentos hospitalares.

A viagem de Padilha à China faz parte de um esforço do Ministério da Saúde para fortalecer parcerias estratégicas que contribuam com a modernização do SUS, com foco em inovação, digitalização e eficiência nos serviços públicos de saúde.