13 de outubro de 2025 - 17h35

MPMS fiscaliza obras de abastecimento de água em aldeias indígenas

Mais de 13 mil moradores da Reserva de Dourados devem ser beneficiados com nova estrutura

DOURADOS
Obras de abastecimento em aldeias indígenas de Dourados serão fiscalizadas pelo MPMS - Foto: Saul Schramm

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) iniciou o acompanhamento das obras de ampliação do sistema de abastecimento de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, na Reserva Indígena de Dourados. A medida tem como objetivo garantir o direito ao acesso à água potável a mais de 13 mil indígenas da região, que há anos convivem com problemas crônicos de desabastecimento.

A iniciativa é conduzida pela 10ª Promotoria de Justiça de Dourados, que instaurou procedimento administrativo para fiscalizar a execução das obras, viabilizadas por uma parceria entre a Prefeitura Municipal e o Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS). Os recursos, no valor de R$ 250 mil, são oriundos de emenda parlamentar e já estão disponíveis em conta da prefeitura.

Intervenções e melhorias - O investimento será aplicado na instalação de um novo sistema de abastecimento de água em áreas pertencentes a uma associação local. Estão previstas intervenções como a construção da saída do poço, casa de química, redes adutoras, instalações elétricas e estruturas de reservação. A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) ficou responsável por elaborar o Projeto Executivo da obra.

O MPMS atua para assegurar que os prazos sejam cumpridos, os padrões técnicos respeitados e que a população beneficiada tenha seu direito ao saneamento básico garantido. O direito à água potável está diretamente ligado à proteção da saúde pública e ao combate às desigualdades sociais.

Como parte da fiscalização, o MPMS notificou o Município de Dourados e a Coordenadoria Distrital de Saúde Indígena para que apresentem, em até 15 dias úteis, a documentação técnica do projeto, informações sobre os processos licitatórios e o andamento dos contratos relacionados à obra. O prazo inicial de acompanhamento do órgão é de 120 dias, podendo ser prorrogado conforme o andamento das intervenções.

A medida do MP busca assegurar que o investimento público seja bem aplicado e que a comunidade indígena, historicamente negligenciada, receba um serviço essencial com qualidade e segurança. O órgão também quer garantir que a obra seja concluída com responsabilidade, respeitando o planejamento e os padrões de engenharia e saúde pública.