12 de outubro de 2025 - 20h30

Anvisa proíbe venda de produtos de cannabis e cogumelos sem autorização

Empresas Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes foram alvo de fiscalização; itens não têm registro na agência

SAÚDE
Anvisa proíbe venda de produtos de cannabis e cogumelos sem registro, fabricados por empresas não autorizadas. - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da venda de diversos produtos à base de cannabis e cogumelos que estão sendo comercializados sem qualquer tipo de autorização ou registro. As empresas Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes foram alvo da fiscalização, conforme detalhado na Resolução nº 3.987/2025, publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (10).

Produtos da Hemp Vegan não têm origem identificada - De acordo com a Anvisa, todos os produtos derivados de cannabis comercializados pela marca Hemp Vegan foram proibidos. A agência afirma que os itens não possuem registro e são fabricados por empresa “desconhecida”, sem autorização de funcionamento.

Entre os produtos vetados estão:

Procurada pela Agência Brasil, a Hemp Vegan não retornou até o momento. O espaço segue aberto para posicionamento.

Cannafy diz atuar apenas como intermediária - A empresa Cannafy também foi fiscalizada e teve seus produtos proibidos. Segundo a Anvisa, os itens oferecidos pela plataforma não possuem registro ou autorização e são produzidos por empresas sem licença para funcionar no país.

Estão proibidos todos os lotes de produtos das marcas:

Em seu site oficial, a Cannafy afirmou que não fabrica nem vende produtos de cannabis no Brasil, atuando apenas como intermediadora entre pacientes brasileiros e fornecedores estrangeiros. A empresa sustenta que todas as importações são autorizadas previamente pela Anvisa, conforme a RDC nº 660/2022.

Produtos com cogumelos também são suspensos - A terceira empresa citada na resolução é a De Volta às Raízes, que comercializa produtos naturais à base de cogumelos. Segundo a Anvisa, os itens são vendidos como suplementos ou compostos terapêuticos sem qualquer tipo de notificação, registro ou cadastro, o que configura infração sanitária.

Entre os produtos suspensos estão:

A empresa, por sua vez, argumenta em seu site que os cogumelos fazem parte da Medicina Tradicional Chinesa e, por isso, não são considerados medicamentos. Cita ainda a Resolução nº 240/2018, que, segundo a empresa, dispensaria o registro no Ministério da Saúde para esses produtos.

Anvisa intensifica fiscalização - A ação da Anvisa reforça o controle sobre a venda de produtos com alegações terapêuticas sem comprovação científica e registro adequado. De acordo com a agência, a comercialização de substâncias com propriedades medicinais requer autorização prévia, inclusive no caso de suplementos alimentares e fitoterápicos.

A medida tem como objetivo garantir a segurança do consumidor e evitar o uso de produtos com origem, composição e efeitos desconhecidos.