Alexandre de Moraes afasta advogados de ex-assessores de Bolsonaro por atraso em alegações finais
Ministro do STF determina que Defensoria Pública assuma defesa para evitar nulidade no processo do "núcleo 2" da trama golpista
POLÍTICAO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destituiu nesta quinta-feira (9) os advogados de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor direto de Jair Bolsonaro, e de Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, integrantes do chamado “núcleo 2” da trama golpista.
Segundo Moraes, as defesas atuaram de forma “inusitada” e com “nítido caráter procrastinatório” ao não apresentarem as alegações finais dentro do prazo, mesmo após intimação, configurando litigância de má-fé e tentativa de atrasar o andamento da ação penal. Martins era representado por Jeffrey Chiquini e Câmara por Eduardo Kuntz.
O ministro determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assuma imediatamente a defesa dos réus, garantindo que as alegações finais sejam apresentadas e evitando nulidade processual. Moraes criticou o uso do processo “como instrumento de procrastinação”.
Com a manifestação da DPU, o processo ficará pronto para sentença. A ação penal apura a participação dos acusados na tentativa de manter Bolsonaro no poder, dentro do contexto do núcleo 2 da investigação.