O governo brasileiro saudou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores reconheceu o papel dos Estados Unidos na mediação, além de valorizar a atuação de Catar, Egito e Turquia.

O Itamaraty ressaltou a importância humanitária do acordo e defendeu o acesso imediato e seguro à assistência a civis e às equipes das Nações Unidas. O Brasil também exortou ambas as partes a cumprirem os termos do cessar-fogo, garantindo a retirada completa das forças israelenses, a reconstrução de Gaza sob supervisão palestina e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina.

O acordo, intermediado pelos EUA, ainda depende de aprovação do governo israelense. Se ratificado, Israel terá 24 horas para recuar suas tropas, mantendo controle parcial de Gaza, enquanto o Hamas terá 72 horas para libertar os reféns restantes, estimados em cerca de 48 pessoas. Israel, por sua vez, libertará cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.

A primeira fase do acordo contempla apenas parte do plano proposto por Donald Trump no mês passado, deixando questões mais complexas, como a governança pós-conflito em Gaza e a desmobilização do Hamas, para etapas futuras. A assinatura oficial do cessar-fogo ocorrerá em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a participação do ex-presidente americano.

Líderes do Hamas afirmaram que a trégua proporcionará uma suspensão duradoura das hostilidades, permitirá o aumento da ajuda humanitária e a abertura da passagem de fronteira com o Egito, reforçando o compromisso com a população civil da região.

*Com informações das agências internacionais.