A candidatura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz voltou a chamar atenção mundial com a proximidade do anúncio do vencedor, previsto para sexta-feira, 10. Apesar de múltiplas indicações de políticos e autoridades estrangeiras, especialistas consideram suas chances remotas.

O Comitê Norueguês do Nobel prioriza iniciativas de paz duradouras, promoção da fraternidade internacional e trabalhos institucionais discretos, o que contrasta com o histórico de Trump em relação a instituições multilaterais e mudanças climáticas globais.

Trump, que afirmou repetidamente que merece o prêmio e ressaltou ter “encerrado sete guerras”, foi indicado por representantes como a deputada americana Claudia Tenney, pelo primeiro-ministro de Israel Binyamin Netanyahu e pelo governo do Paquistão, por sua atuação nos Acordos de Abraão, que normalizaram relações entre Israel e estados árabes em 2020.

Recentemente, o presidente apresentou um plano de paz para Gaza, que resultou na primeira fase de cessar-fogo e na libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. Durante eventos públicos, apoiadores chegaram a gritar “Prêmio Nobel para Trump”.

Entretanto, veteranos do Nobel destacam que o prêmio valoriza soluções multilaterais e duradouras, não vitórias diplomáticas rápidas. Pesquisadores apontam que a postura de Trump sobre mudanças climáticas e seu estilo retórico podem prejudicar sua candidatura.

Histórico mostra que apenas quatro presidentes americanos receberam o Nobel da Paz: Teddy Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama. Destes, Carter foi o único diretamente envolvido com esforços no Oriente Médio, enquanto Obama foi criticado por receber o prêmio nove meses após assumir o mandato.

Especialistas concluem que, embora o nome de Trump gere destaque em casas de apostas e mídia, as perspectivas de vitória permanecem limitadas, dada a falta de evidências de impacto sustentável na paz internacional.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.