Na manhã desta quinta-feira (9), a APAE de Maracaju ganhou um novo espaço. Mas não foi uma sala de aula, um laboratório ou um refeitório. Foi um jardim. Um jardim diferente. Feito para ser sentido, não apenas olhado. Pensado para tocar, ouvir, pisar com calma, respirar melhor. Um lugar feito para crianças com autismo e outras necessidades sensoriais se sentirem seguras, acolhidas e em paz.

O nome oficial é “Jardim Sensorial”. Mas, para quem trabalha na escola, é mais do que isso. É um espaço de cuidado, desenvolvimento e inclusão. Ele foi criado com texturas, cores, cheiros e sons que ajudam no equilíbrio emocional dos estudantes, um recurso terapêutico que não precisa de palavras para fazer efeito.

A inauguração aconteceu às nove da manhã. Foi um momento simples, mas cheio de significado. Professores, funcionários e convidados da casa se reuniram para conhecer o novo espaço. A diretora pedagógica da APAE, Anilzira Teixeira Nasorri, disse em seu convite que o jardim é reflexo do compromisso da instituição com o respeito às diferenças e com a sensibilidade de cada aluno.

O projeto só saiu do papel graças a uma doação da Receita Federal, que foi agradecida de forma especial. A generosidade permitiu transformar o sonho do jardim em realidade. Agora, ele está ali, ao alcance de todos: um espaço vivo, feito de chão, plantas, caminhos e possibilidades.

Para as crianças com autismo, esse tipo de ambiente pode ser fundamental. Ele ajuda na regulação emocional, diminui a ansiedade, estimula os sentidos e favorece o aprendizado. Mas também ensina aos demais o valor da diversidade. Quem passa por lá, aprende que sentir o mundo de jeitos diferentes também é parte de ser humano.