Carlo Ancelotti quer uma seleção brasileira construída sobre mérito, desempenho e comprometimento. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (9), em Seul, o técnico reforçou que sua gestão à frente da equipe terá como base a meritocracia, deixando de lado qualquer privilégio a nomes consagrados.

O treinador adiantou mudanças importantes para o amistoso contra a Coreia do Sul, que será disputado nesta sexta-feira (10), às 8h (horário de Brasília). “Amanhã vamos começar o jogo com Bento e no próximo jogo, Hugo Souza”, afirmou o italiano, sinalizando que fará um rodízio entre os goleiros nos compromissos desta Data Fifa.

Segundo Ancelotti, a escalação diante dos coreanos será definida com base na atuação da equipe na vitória por 3 a 0 sobre o Chile, no Maracanã, no último amistoso. Ele destacou que o desempenho recente será o principal critério de escolha, e não o histórico de trabalho com jogadores que comandou no Real Madrid.

“A base que a seleção tem é ampla, não somente os que jogaram comigo no Real”, explicou, afastando a ideia de que Vinícius Júnior, Rodrygo ou Éder Militão teriam vantagens por já conhecerem seu estilo.

O técnico também reforçou que quer atletas comprometidos com o grupo, e não apenas interessados em destaque individual. “Não quero jogadores que estejam na Copa para serem os melhores do mundo, e sim para serem campeões”, enfatizou.

Quando questionado sobre o estilo de jogo e estratégias, Ancelotti destacou que o aspecto emocional e a atitude em campo são fatores que podem fazer diferença de forma imediata. “A atitude dos jogadores em campo não necessita muito tempo para mudar, e isso é superior à estratégia”, afirmou o treinador, mostrando que valoriza mais o comportamento coletivo do que a rigidez tática.

O Brasil encara a Coreia do Sul nesta sexta-feira, em Seul, e depois enfrenta o Japão no dia 14, em Tóquio, às 7h30 (horário de Brasília). A seleção encerra o calendário de 2025 com dois amistosos em novembro: contra o Senegal, em Londres, e a Tunísia, em Paris.

Com uma postura mais exigente e foco em resultados coletivos, Ancelotti parece determinado a moldar uma seleção brasileira mais competitiva, equilibrada e comprometida, atributos que, segundo ele, serão essenciais no caminho até a próxima Copa do Mundo.