Redação | 09 de outubro de 2025 - 07h10

STJD denuncia árbitros, dirigentes e Vitor Roque por polêmicas em São Paulo x Palmeiras

Denúncia cita erros graves de arbitragem, ofensas no vestiário e publicação homofóbica após o clássico.

ERROS DE ARBITRAGEM
Choque-Rei foi marcado por confusão entre São Paulo, Palmeiras e arbitragem - (Foto: Werther Santana/Estadão)

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) apresentou denúncia contra o árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva, pela atuação no clássico entre São Paulo e Palmeiras. A partida foi marcada por lances polêmicos e críticas à arbitragem.

Ambos foram enquadrados no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê suspensão de 15 a 120 dias e multa de R$ 100 a R$ 1 mil por deixar de observar as regras da modalidade.

O documento da Procuradoria aponta falhas em lances decisivos, como a ausência de pênalti de Allan em Tapia, a não expulsão de Andreas Pereira e a falta de recomendação do VAR para revisão de jogadas — incluindo uma possível agressão a Tapia. O texto considera os erros “notórios e grosseiros”, com impacto direto no resultado e na credibilidade da competição.

Os dirigentes são-paulinos Carlos Belmonte e Rui Costa também foram denunciados por conduta antidesportiva, com base no artigo 258 do CBJD. Segundo a súmula, ambos teriam xingado a equipe de arbitragem após a partida. A punição pode variar de 15 a 180 dias de suspensão.

O atacante Vitor Roque, do Palmeiras, foi incluído na denúncia por uma publicação de teor homofóbico feita nas redes sociais após o jogo. Ele foi enquadrado no artigo 243-G do CBJD e no artigo 139 do Regulamento Geral de Competições da CBF, que tratam de atos discriminatórios. A penalidade prevista é de cinco a dez jogos de suspensão e multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.

Além disso, São Paulo e Palmeiras foram citados por atraso no início dos dois tempos — quatro minutos pelo time tricolor e seis pelos alviverdes. A regra prevê multa de R$ 100 a R$ 1.000 por minuto de atraso.

O STJD agora analisará se aceita a denúncia para julgamento.