Carlos Guilherme | 08 de outubro de 2025 - 09h50

Café em pó sobe quase 70% em um ano e pressiona valor da cesta básica em Campo Grande

Produto acumula alta de quase 70% em 12 meses; cesta básica custa R$ 780,67 em setembro e consome mais da metade do salário mínimo

PREÇO SALGADO
Café em pó acumula alta de quase 70% e é o item que mais pesou na cesta básica em setembro em Campo Grande. - (Foto: A Crítica)

O café em pó foi o item que mais encareceu nos últimos 12 meses em Campo Grande e ajudou a puxar o aumento da cesta básica no mês de setembro. Segundo levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do produto registrou alta de 69,71% em comparação com o mesmo mês de 2024, sendo também o campeão de aumento no acumulado do ano, com avanço de 47,82% entre janeiro e setembro de 2025.

Com essa e outras altas, o custo total da cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 780,67 no mês passado, uma alta de 1,55% em relação a agosto. Na comparação com setembro do ano anterior, o aumento acumulado é de 9,24%. Desde o início do ano, o avanço é de 1,34%.

Para um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518,00, foram necessárias 113 horas e 08 minutos de trabalho para adquirir a cesta em setembro. O comprometimento da renda líquida (já com desconto da Previdência) foi de 55,60%. Em agosto, esse percentual era de 54,75%, e em setembro de 2024, 54,71%.

Além do café em pó, outros itens também registraram aumento de preços no último mês:

Banana: +8,84%

Óleo de soja: +4,46%

Leite integral: +2,48%

Pão francês: +1,62%

Carne bovina de primeira: +1,33%

Manteiga: +1,11%

Farinha de trigo: +1,02%

Por outro lado, cinco dos 13 produtos da cesta básica ficaram mais baratos entre agosto e setembro:

Batata: -6,96%

Arroz agulhinha: -4,75%

Açúcar cristal: -4,00%

Tomate: -3,32%

Feijão carioca: -1,04%

Variação em 12 meses

Além do café em pó, outros produtos com forte alta no acumulado anual foram:

Tomate: +49,07%

Óleo de soja: +28,01%

Carne bovina de primeira: +26,04%

Farinha de trigo: +12,68%

Pão francês: +7,53%

Entre as quedas mais expressivas no ano:

Batata: -50,54%

Arroz agulhinha: -30,11%

Banana: -10,12%

Feijão carioca: -9,03%

Manteiga: -2,40%

Leite integral: -0,81%

Açúcar cristal: estabilidade (0%)