Aprovação de Lula cresce e atinge maior nível desde janeiro, aponta pesquisa Quaest
Levantamento mostra avanço entre eleitores de renda mais alta e redução na percepção de piora da economia
CENÁRIO POLÍTICOA aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou seu melhor índice em 2025, segundo a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). O levantamento mostra que 48% dos entrevistados aprovam a gestão petista, enquanto 49% desaprovam. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Essa é a primeira vez no ano que a aprovação se aproxima tanto da desaprovação. Em setembro, os índices eram de 46% e 51%, respectivamente. Em janeiro, no auge das crises envolvendo o Pix, o INSS e as exportações, os números marcavam 47% de aprovação e 49% de rejeição.
O principal avanço de Lula ocorreu entre os brasileiros que ganham mais de cinco salários mínimos. Nesse segmento, a aprovação subiu de 37% para 45%, enquanto a desaprovação caiu de 60% para 52%.
Entre os que recebem até dois salários mínimos, Lula mantém aprovação majoritária: 54% aprovam e 43% desaprovam. Já no grupo intermediário, com renda entre dois e cinco salários, a avaliação é mais equilibrada, com 46% de aprovação e 51% de rejeição.
A avaliação geral da gestão de Lula permanece estável. Para 37% dos entrevistados, o governo é ruim ou péssimo. Outros 33% consideram a administração boa ou ótima, enquanto 27% veem como regular. Em setembro, os índices eram praticamente os mesmos: 38%, 31% e 28%, respectivamente.
A percepção econômica da população também apresentou variações positivas. Caiu de 48% para 42% o número de pessoas que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses. Essa redução foi compensada por um aumento entre os que acham que tudo permanece igual, que passaram de 29% para 35%. Os que veem melhora na economia seguem em 21%.
O otimismo para o futuro subiu levemente. Agora, 43% acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, ante 40% no mês anterior. Os pessimistas passaram de 37% para 35%, enquanto 19% acham que o cenário seguirá igual.
O levantamento foi feito com 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entrevistados presencialmente entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.