Ricardo Eugenio | 07 de outubro de 2025 - 11h59

Campo Grande faz limpeza no Lago do Amor para evitar novos transbordamentos

Trabalho da Sisep retira galhos e sedimentos do vertedouro e busca prevenir alagamentos na região da UFMS

LIMPEZA
Sisep inicia limpeza preventiva no canal do vertedouro do Lago do Amor em Campo Grande para evitar entupimentos e transbordamentos. - (Foto: Divulgação)

O Lago do Amor, um dos cartões-postais de Campo Grande, está passando por uma nova limpeza. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) iniciou, nesta semana, uma intervenção preventiva no canal do vertedouro, para evitar entupimentos e novos transbordamentos durante o período de chuvas.

O trabalho inclui a retirada de galhos, pedras e sedimentos que se acumularam no canal, além de ajustes nas comportas que controlam o nível da água. Os engenheiros da secretaria constataram que a comporta atual, instalada na saída do vertedouro, faz com que a água desça com muita pressão, o que pode causar danos estruturais.

“Estamos aproveitando a limpeza para instalar uma nova comporta na entrada do sistema, o que reduz a pressão e garante uma operação mais segura”, informou a equipe técnica da Sisep. O serviço está sendo feito com servidores e maquinário próprios da secretaria e deve ser concluído até a próxima semana.


Trecho do vertedouro do Lago do Amor cedeu durante forte chuva em março deste ano, após o acúmulo de galhos e sedimentos.

O Lago do Amor, localizado dentro do campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), sofre há anos com o assoreamento e acúmulo de sedimentos, o que reduz a capacidade de drenagem. A situação se agravou em março deste ano, quando uma árvore caída bloqueou o vertedouro, provocando o transbordamento do lago e abrindo uma cratera próxima à Avenida Filinto Müller.

Desde o incidente, a Prefeitura vem realizando ações emergenciais de contenção e recuperação das margens, mas o local ainda precisa de uma obra maior de desassoreamento — que depende de recursos não previstos no orçamento atual.

Segundo a Sisep, o serviço de limpeza é essencial para manter o funcionamento do sistema e evitar novos rompimentos ou erosões nas margens do lago, que é também ponto de lazer e de pesquisa científica dentro da universidade.