Naomi Matsui e Cícero Cotrim | 07 de outubro de 2025 - 09h40

Zarattini projeta arrecadação de R$ 17 bilhões com medida do IOF em 2026

Votação da medida provisória foi adiada e precisa passar por comissão e plenários até amanhã para não caducar.

ECONOMIA
Deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da Medida Provisória do IOF - Foto: Dida Sampaio|Estadão

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da Medida Provisória 1.303/2025, afirmou nesta terça-feira (7) que, após alterações em seu relatório, a previsão de arrecadação da MP para 2026 será de R$ 17 bilhões, R$ 3 bilhões a menos do que a estimativa inicial. A MP propõe alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Zarattini explicou que a medida, criada como alternativa ao aumento das alíquotas do IOF, tinha projeção de arrecadação de R$ 10,5 bilhões para 2025 e R$ 21,8 bilhões para 2026 em sua versão original.

A análise da MP, prevista para as 9h, foi adiada a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que pretende discutir pontos do texto com líderes da Casa. Segundo o relator, a suspensão não envolve nenhum problema específico:

“O presidente do Senado pediu para suspender para conversar mais com os líderes, mas nada específico. Vamos saber agora se tem algum problema específico”, afirmou Zarattini.

A MP também passou por desidratações, como a redução da taxação sobre debêntures incentivadas e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e do setor imobiliário (LCIs).

Zarattini ainda sinalizou que, caso a comissão aprove a MP até o fim da tarde, o texto pode seguir ainda nesta terça-feira para o plenário da Câmara.

“Aqui, você sabe que tudo é possível quando há vontade política. Se votar às 15h30 aqui e terminar umas 17h, dá para votar no plenário da Câmara hoje”, disse.