Comboio com 17 veículos é interceptado com R$ 1,4 milhão em contrabando na fronteira
Comboio com 17 veículos é flagrado com cigarros, pneus e eletrônicos na MS-164; 14 pessoas foram presas pelo DOF.
FRONTEIRAFoi no começo da semana, segunda-feira, 06 de outubro. Em meio às estradas de terra do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, um comboio formado por 17 veículos se preparava para sair rumo a Campo Grande. O que parecia mais um transporte comum na área rural era, na verdade, uma operação milionária de contrabando.
A cena só foi desmontada após patrulhamento de rotina da equipe do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) pela MS-164. Informações recebidas pelos policiais indicavam a presença de veículos escondidos próximos a uma chácara. Ao se aproximar, a equipe fez a abordagem e o cenário ficou claro: produtos estrangeiros sendo carregados às pressas. Parte dos motoristas correu para o mato e conseguiu escapar. Mas dez veículos foram apreendidos ali mesmo e nove pessoas acabaram presas.
Minutos depois, uma segunda equipe do DOF, agora com o reforço do helicóptero Harpia e policiais da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), localizou outros sete carros escondidos num canavial. Mais cinco pessoas foram detidas, totalizando 14 presos – 12 homens e duas mulheres.
Eles disseram ter pegado as mercadorias em Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio da fronteira. O destino final era Campo Grande. Todos afirmaram trabalhar como “freteiros” – nome popular dado a quem transporta “muamba”, como chamam os produtos contrabandeados.
A carga impressiona: 11.550 pacotes de cigarros, 137 pneus, 160 cigarros eletrônicos, 175 essências de narguilé, além de perfumes e eletrônicos variados. Tudo avaliado em R$ 1,4 milhão. Os veículos, os produtos e os presos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, com apoio aéreo durante o trajeto.
A ação faz parte do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Ministério da Justiça, dentro da Operação Tempestade no Oeste III. Uma resposta coordenada a um problema que segue exigindo vigilância e cooperação constantes nas fronteiras brasileiras.