Haddad vê possibilidade de encontro com secretário do Tesouro dos EUA
Durante participação em programa da EBC, ministro da Fazenda destacou a importância de restabelecer pontes com os Estados Unidos e ampliar investimentos na América do Sul
ECONOMIAO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que pode se reunir com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, durante viagem oficial aos EUA na próxima semana. A possibilidade foi mencionada durante sua participação no programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“Eu ainda não me movi e devo fazer isso até o final da semana para saber da disponibilidade de Bessent, do interesse, ou se o Marco Rubio vai estabelecer um contato com o Mauro Vieira antes disso. Eu não sei qual é o protocolo que eles vão seguir”, explicou Haddad.
A agenda ainda está sendo definida, mas a expectativa é que o encontro, caso ocorra, aprofunde o diálogo econômico entre os dois países, sobretudo em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável e a transição ecológica.
Haddad também comentou o telefonema recente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificando a conversa como “muito positiva”.
“Acredito que vai distensionar e abrir espaço para uma conversa franca, uma conversa produtiva”, afirmou o ministro.
Segundo ele, a iniciativa marca um passo importante para reduzir tensões políticas passadas e fortalecer as relações bilaterais, abrindo novas oportunidades de cooperação.
O ministro destacou que o momento é propício para ampliar investimentos norte-americanos na América do Sul, especialmente em setores estratégicos que favorecem o desenvolvimento regional.
“Há muitas oportunidades de investimento norte-americano na América do Sul, que tradicionalmente é deficitária com os EUA”, disse.
Entre os segmentos com potencial de parceria, Haddad citou a exploração de terras raras (minerais essenciais para a indústria tecnológica) e projetos voltados à transformação ecológica, alinhados com a agenda de sustentabilidade do governo brasileiro.
O ministro reforçou que a cooperação econômica internacional será um dos eixos da política econômica nos próximos meses, com foco em atrair capital estrangeiro para projetos de inovação, infraestrutura e energia limpa.