MP apura condições estruturais precárias em escola municipal de Ivinhema
Inquérito civil foi aberto após vistoria identificar risco em paredes, telhado e pisos de unidade na Gleba Ubiratã
EDUCAÇÃO EM FOCOA 2ª Promotoria de Justiça de Ivinhema instaurou um inquérito civil para investigar as condições estruturais de uma escola municipal localizada na Gleba Ubiratã. A decisão foi tomada após uma vistoria técnica apontar problemas graves no prédio da unidade, incluindo comprometimento de paredes, telhado e pisos, além da necessidade urgente de uma reforma geral.
A inspeção foi realizada pelo próprio Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki, que também avaliou questões de acessibilidade, segurança, higiene e funcionamento da instituição. Embora a escola disponha de rampas de acesso, corrimãos, portas alargadas e banheiros adaptados, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) reconheceu que ainda são necessárias melhorias para assegurar a plena funcionalidade desses recursos.
Infraestrutura inadequada coloca funcionamento em risco
Os problemas estruturais identificados pela vistoria comprometem não apenas a segurança física dos estudantes e profissionais da educação, mas também a continuidade das atividades pedagógicas no local. Entre os pontos críticos estão o desgaste evidente em paredes, risco de infiltrações no telhado e pisos danificados.
Apesar das deficiências na estrutura do prédio, a escola conta com salas equipadas com ventiladores e aparelhos de ar-condicionado em bom estado, e a iluminação e ventilação foram consideradas satisfatórias. No quesito segurança, a unidade está regularizada junto ao Corpo de Bombeiros, possui brigada de incêndio ativa e extintores com recarga em dia. O entorno da escola também foi considerado seguro.
Já os banheiros, embora recebam manutenção frequente, apresentam necessidade de reformas para adequação completa.
Medidas e prazos para regularização
Diante do cenário, o MPMS notificou o Município de Ivinhema, que terá 15 dias para apresentar esclarecimentos e documentos referentes à situação da escola. Caso manifeste interesse, poderá firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, estabelecendo prazos e ações para corrigir os problemas identificados.
A Secretaria de Estado de Educação também foi comunicada oficialmente sobre o caso, com prazo de 20 dias para se manifestar. Isso porque o prédio abriga não apenas a escola municipal, mas também uma extensão de uma escola estadual. A atuação conjunta entre as esferas municipal e estadual é considerada essencial para a resolução das demandas.
Como parte da apuração, a escola terá ainda que apresentar, em até 10 dias, o alvará atualizado da vigilância sanitária. O Corpo de Bombeiros de Ivinhema foi acionado para realizar uma nova vistoria e verificar possíveis riscos adicionais à comunidade escolar.
Monitoramento mais amplo na região
A medida faz parte de um acompanhamento mais abrangente que está sendo conduzido pelo Ministério Público na comarca de Ivinhema. O objetivo é avaliar e fiscalizar as condições físicas das unidades escolares — municipais e estaduais — visando garantir a segurança e o direito à educação em um ambiente adequado.
A Promotoria reforça que a oferta de ensino de qualidade exige não apenas bons profissionais e recursos pedagógicos, mas também instalações dignas e seguras, especialmente em áreas rurais, onde as dificuldades logísticas costumam ser maiores.