Agência Einstein | 06 de outubro de 2025 - 13h50

Calor extremo e medicamentos: atenção redobrada para grupos vulneráveis

Idosos, crianças e pacientes com doenças crônicas precisam de cuidados especiais durante ondas de calor devido ao risco de hipertermia

SAÚDE
Muitos medicamentos prejudicam a capacidade do corpo em regular a própria temperatura - Foto; Icomp/Freepik

As ondas de calor, cada vez mais intensas por conta das mudanças climáticas, desafiam os mecanismos do corpo para manter a temperatura estável. Em condições normais, o organismo transpira, aumenta o fluxo sanguíneo para a pele e ajusta os fluidos corporais para se resfriar. No entanto, alguns medicamentos usados para tratar doenças crônicas podem interferir nesse processo, aumentando o risco de complicações, especialmente para idosos, crianças e pacientes com condições de saúde.

Segundo o médico Henrique Grunspun, presidente do Centro de Bioética do Einstein Hospital Israelita, “há aumento significativo de mortalidade nesses grupos vulneráveis durante ondas de calor extremo. Temperaturas acima de 5°C da média máxima por quatro dias consecutivos podem causar hipertermia, quando a temperatura corporal ultrapassa 40°C, elevando o risco de colapso neurocirculatório”.

Medicamentos que aumentam a vulnerabilidade

Cuidados e prevenção

Os especialistas alertam que esses efeitos não justificam a interrupção de tratamentos sem orientação médica. O importante é adotar medidas preventivas:

Além disso, familiares, vizinhos e serviços comunitários podem ajudar na vigilância de pessoas vulneráveis durante ondas de calor extremo, prevenindo complicações graves. “Cada indivíduo reage de forma diferente, dependendo de doenças pré-existentes e outros medicamentos”, reforça a farmacêutica Karin Juliana Bitencourt Zaros, do CRF-PR.