A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul (Agepen) participou, por meio do Comando de Operações Penitenciárias (COPE), da Operação Heredita Damnare, deflagrada na última quinta-feira (2) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MS). A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e munições.

A operação foi resultado de um trabalho articulado entre diferentes forças de segurança, incluindo a Polícia Federal, a Polícia Penal Federal (Senappen), a Polícia Militar, a Polícia Militar Rodoviária, a Polícia Civil e a Polícia Penal de Mato Grosso do Sul, que atuaram de forma coordenada no enfrentamento a organizações criminosas que atuam na região de fronteira.

No total, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão — 11 em Mato Grosso do Sul (nas cidades de Campo Grande, Dourados e Ponta Porã), oito em São Paulo (na Grande São Paulo e em Bauru) e um na Bahia — além de 15 mandados de prisão preventiva.

A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 5,4 milhões pertencentes aos investigados.

Tráfico transnacional e apreensões - As investigações apontaram que a organização criminosa utilizava caminhonetes clonadas e empresas de fachada para transportar drogas e munições vindas do Paraguai até o Estado de São Paulo. O grupo operava pelo modal rodoviário, movimentando grandes quantidades de entorpecentes para abastecer redes criminosas em diferentes regiões do país.

Durante a apuração, foram apreendidas mais de 14 toneladas de maconha, provenientes do país vizinho. O volume confirma o alto poder logístico da quadrilha e a estrutura transnacional da operação.

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação — Heredita Damnare, expressão em latim que significa “herança maldita” — faz referência a um dos líderes da organização, que herdou a atividade criminosa do pai, preso anteriormente pelo mesmo tipo de delito.

Cooperação e integração - A participação da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul reforça o papel estratégico da instituição na integração entre forças de segurança pública, tanto no âmbito estadual quanto nacional.

O COPE atuou em apoio direto às equipes de investigação e no cumprimento de mandados, fortalecendo a presença da Agepen nas ações de combate ao crime organizado.

A operação também demonstra a importância da cooperação entre os órgãos policiais para enfrentar o tráfico internacional de drogas e o contrabando de armas e munições que afetam a segurança da fronteira sul-mato-grossense.

Com a operação Heredita Damnare, a FICCO/MS e suas instituições parceiras reafirmam o compromisso conjunto de enfrentar organizações criminosas com rigor e inteligência, reduzindo os impactos dessas atividades ilícitas na sociedade.