O árbitro Ramon Abatti Abel, alvo de duras críticas após a derrota do São Paulo para o Palmeiras por 3 a 2 no MorumBis, limitou-se a poucas explicações sobre os lances polêmicos na súmula do clássico. Mesmo após a CBF admitir falhas graves da equipe de arbitragem, o juiz apenas descreveu o cartão amarelo de Andreas Pereira como resultado de uma “tentativa de pontapé” e relatou ofensas de dirigentes são-paulinos ao final da partida.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, usou as redes sociais para atacar a arbitragem e afirmou que o Campeonato Brasileiro está “manchado”. “Cinco lances com cinco imagens indiscutíveis. O árbitro não viu? O VAR não viu? Tudo contra nós! O Brasileirão está manchado!”, escreveu.

Em nota, o clube também repudiou os erros da equipe de arbitragem, alegando que comprometeram o resultado e a credibilidade da competição. “Mais uma atuação desastrosa que prejudica o trabalho de jogadores, comissão técnica e diretoria”, destacou o comunicado.

A principal reclamação do São Paulo foi a não marcação de pênalti sobre Tapia, ignorada até pelo VAR, que também não sugeriu a expulsão de um volante palmeirense após entrada violenta em Marcos Antônio. O time ainda questionou faltas não marcadas e pediu a expulsão de Gustavo Gómez e Raphael Veiga.

Na súmula, Abatti explicou o cartão de Andreas Pereira de forma genérica: “Dar ou tentar dar um pontapé em um adversário de maneira temerária na disputa da bola”.

O árbitro também relatou ofensas da diretoria são-paulina na saída para os vestiários. Segundo o documento, Carlos Belmonte e Rui Costa, dirigentes do clube, proferiram palavrões e foram identificados pelo delegado da partida.