No EmpreendeFest em Campo Grande, Déborah Secco mostra que empreender é também se reinventar
Empreendedoras mostram que sucesso começa dentro e histórias pessoais são ponto de partida para negócios
PROTAGONISMOCom “Se tá aqui, tá no futuro” como fio condutor, o segundo dia do EmpreendeFest 2025 — quinta-feira (2) — entrou para a história como um momento em que narrativas de vida viraram mapas de ação. No Bosque Expo, em Campo Grande, mulheres subiram ao palco para dizer que empreender não é só estratégia: é autoconhecimento, recomeço e identidade.
Monique Evelle deu o pontapé. Na palestra “Como ganhar o mundo e ganhar dinheiro ao mesmo tempo”, ela lembrou que não há fórmula sem olhar para dentro. “Antes de ganhar dinheiro preciso me conhecer”, afirmou. Para ela, cada recuo, cada não recebido, são capítulos necessários que fortalecem a próxima página.
Logo depois, Laís Souza desdobrou sua própria metáfora: “O poder da transformação”. A exginasta, cuja vida virou novo rumo após um acidente, falou de perdas, da aceitação e da escolha de renascer. “Aceitar o que aconteceu me permitiu enxergar novas possibilidades”, disse ela, emocionada.
Deborah Secco foi a última a subir ao palco. Em “Como ter uma marca de sucesso na mídia e no empreendedorismo”, contou que a maternidade foi o motor de sua transição. Que empreender exige entregar mais do que o óbvio. “Antes de ser empreendedora de negócios, precisei empreender em mim mesma”, argumentou. Hoje, administra marcas que fogem do lugar comum, dividindo-se entre moda, cultura e gestão.
No meio do salão, Sidronia Barboza assistia com o marido: empreendedora da NS Assessoria, ela viu nas falas um espelho e um alerta. “Queremos aprender, aplicar e multiplicar”, disse ela. Aline Moreira, de Dourados, confirma: a palestra de Deborah foi combustível. “Quem já venceu depois de errar dá força”, observou.
Por trás dos microfones, o Sebrae/MS sorriu. Ao trazer essas vozes para o evento, mais do que construir palco, construiu espaço para que a plateia enxergasse que o negócio pode — e deve — emergir da vida vivida. E que empreender é ser inteiro, inteiro com suas histórias, suas dores e seus saltos.