03 de outubro de 2025 - 17h40

Cejusc promove encontro em Corumbá para ampliar práticas de Justiça Restaurativa nas escolas

Evento reuniu gestores da rede municipal e destacou a importância dos círculos de paz para fortalecer o ambiente escolar

EDUCAÇÃO E JUSTIÇA
Gestores da rede municipal de Corumbá participaram de círculo restaurativo promovido pelo Cejusc - Foto: Reprodução TJMS

Na última quarta-feira (1º), o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Corumbá promoveu um encontro com gestores da rede municipal de ensino para discutir a importância da Justiça Restaurativa no ambiente escolar.

A atividade foi conduzida pela coordenadora do Cejusc/Corumbá, Evelyn Campos, com a presença da secretária municipal de Educação, Mabel Sahib, e do juiz coordenador do Cejusc, Maurício Cleber Miglioranzi Santos.

A iniciativa faz parte da parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e a Secretaria Estadual de Educação, que desde junho deste ano capacitou novos facilitadores em práticas restaurativas.

Resultados já são visíveis

Com a formação mais recente, Corumbá já conta com 40 facilitadores na rede municipal de ensino. Os resultados começam a aparecer: só no último trimestre de 2024, foram realizados 148 Círculos de Construção de Paz em escolas estaduais, envolvendo mais de 700 estudantes.

Na rede municipal, os trabalhos iniciaram com 26 círculos, voltados principalmente ao cuidado da saúde mental de alunos e servidores.

Um marco importante também ocorreu em Ladário, onde as práticas restaurativas foram transformadas em política pública permanente, consolidando o compromisso com um ambiente escolar mais colaborativo.

Vozes da comunidade escolar

Gestores e educadores destacaram o impacto positivo da proposta. Para Tatiana Zabala, diretora das Escolas das Águas, os círculos de paz são fundamentais para abrir o diálogo:

“Esse círculo aberto à comunidade escolar cria um canal de compreensão, em que os alunos se sentem confortáveis para compartilhar, e a escola passa a ser um grande apoio”.

A coordenadora Evelyn Campos reforçou que a vivência dos círculos fortalece vínculos:

“Acreditamos que este é um instrumento necessário para ser levado a todas as escolas da rede, para que alunos, professores e servidores encontrem um espaço de escuta e acolhimento”.

Já a secretária Mabel Sahib avaliou como uma experiência transformadora:

“Nossa intenção é que os gestores aprendam a ouvir mais, a ter empatia e um tempo para si, o que certamente vai refletir no trabalho desenvolvido nas escolas”.