03 de outubro de 2025 - 14h15

Casa da Mulher Brasileira passará por primeira reforma após 10 anos de atendimento

Unidade de Campo Grande terá melhorias estruturais com investimento de quase R$ 400 mil; atendimento a vítimas de violência será mantido

POLÍTICAS PARA MULHERES
Unidade de referência no combate à violência contra mulheres passará por primeira reforma após 10 anos de funcionamento - Foto: Reprodução

A Casa da Mulher Brasileira (CMB) de Campo Grande, referência nacional no atendimento a mulheres vítimas de violência, será revitalizada pela primeira vez desde a sua inauguração, em 2015. A obra foi oficializada no Diário Oficial desta sexta-feira (3), com previsão para que, nos próximos dias, seja assinada a ordem de serviço para o início dos trabalhos.

Com um investimento de R$ 399.474,79, a reforma será executada pela empresa MRL Comércio de Materiais Elétricos e Serviços Ltda, vencedora da licitação. O contrato prevê reparos estruturais que incluem piso, teto, telhado, forro, pintura, janelas, portas e manutenção da cobertura. O prazo para a conclusão da obra é de até 150 dias após o recebimento da ordem de serviço.

Manutenção sem interromper acolhimento

A reforma busca garantir mais segurança, conforto e qualidade no atendimento sem interromper os serviços prestados pela unidade. A Casa continuará funcionando normalmente durante a execução dos reparos, com o objetivo de manter o acolhimento ininterrupto às mulheres em situação de violência.

Entre os serviços programados estão a retirada e reposição de revestimentos de piso, instalação de forro de fibra mineral, pintura de paredes e teto, instalação de novas janelas e portas, impermeabilização de laje e limpeza geral pós-obra.

Uma década de acolhimento e proteção

Inaugurada em 3 de fevereiro de 2015, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande foi a primeira do país a funcionar em uma capital e acaba de completar 10 anos de atuação. Ao longo desse período, a unidade se consolidou como modelo nacional de atendimento intersetorial a mulheres em situação de violência.

Somando mais de 1,7 milhão de atendimentos ao longo da década, a CMB oferece um acolhimento completo, com a integração de diversos órgãos públicos no mesmo espaço físico. A proposta é facilitar o acesso a diferentes serviços e acelerar as respostas às vítimas.

Atuação integrada que salva vidas

A estrutura da Casa reúne órgãos como:

Guarda Civil Metropolitana (Patrulha Maria da Penha), com mais de 60 mil chamados registrados para proteção de mulheres

Polícia Civil, responsável por mais de 80 mil boletins de ocorrência

Ministério Público, com cerca de 167 mil registros e acompanhamentos jurídicos

Defensoria Pública, que realizou mais de 47 mil atendimentos jurídicos gratuitos

Concessão de 63 mil medidas protetivas para resguardar vítimas de violência

Acolhimento humanizado

O grande diferencial da CMB é o atendimento intersetorial e acolhedor, que permite resolver múltiplas demandas em um só local. Com isso, a mulher em situação de risco evita longos deslocamentos e recebe orientação, proteção e suporte jurídico de forma integrada.

Esse modelo de gestão e atendimento é reconhecido como uma das principais políticas públicas municipais voltadas à proteção das mulheres, sendo replicado em outras regiões do país.