Durante uma viagem oficial ao Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou ter passado por um contratempo envolvendo uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo ele, a falha ocorreu ainda em solo, pouco antes da decolagem rumo à Ilha do Marajó.

"Fui pegar o avião para a ilha do Marajó e houve um problema no motor do caça da Força Aérea. Só agradeci a Deus por não ter acontecido no ar. Tivemos que desembarcar com medo de o avião pegar fogo", relatou Lula. O presidente completou a viagem a bordo de um modelo Brasília e afirmou ter feito uma visita noturna ao Círio de Nazaré para agradecer pela segurança.

Esse não é o primeiro incidente envolvendo aviões oficiais desde o início do mandato. Em outubro de 2024, durante viagem ao México, a aeronave presidencial apresentou falhas técnicas logo após a decolagem. O avião precisou permanecer por mais de cinco horas no espaço aéreo mexicano para reduzir o combustível antes de realizar um pouso de emergência na Cidade do México. Após o episódio, toda a comitiva foi transferida para outra aeronave.

Na época, Lula classificou a experiência como um alerta para a necessidade de renovação da frota presidencial. "Foi uma lição", afirmou, durante entrevista à rádio O Povo/CBN, do Ceará.

O presidente defendeu a compra de uma nova aeronave para a Presidência da República, frisando que a medida não é voltada à figura do chefe do Executivo, mas à segurança institucional do cargo. "Não é para o Lula, nem para Fernando Henrique, nem para Bolsonaro. É para a instituição Presidência da República. A ignorância não pode prevalecer", declarou.

O tema voltou a ganhar relevância após o recente incidente no Pará, reforçando a discussão sobre as condições e segurança dos aviões utilizados em missões oficiais no Brasil.