Mato Grosso do Sul continua sem registros confirmados de sarampo em 2025, segundo dados da Nota Técnica nº 6/2025 divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Até o momento, foram feitas 84 notificações da doença, das quais 48 foram descartadas e 36 ainda estão em investigação. Nenhum caso foi confirmado.

O documento reforça a necessidade de os municípios manterem a vigilância ativa, a coleta de material para exames e a aplicação do bloqueio vacinal seletivo em todos os casos suspeitos, com atenção especial para áreas de fronteira. A medida busca reduzir os riscos de reintrodução do vírus, já que o Brasil confirmou 27 ocorrências neste ano e países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, também emitiram alertas sobre aumento de casos.

Como parte das ações de prevenção, a SES promoveu no dia 26 de setembro a Web Reunião sobre Sarampo, encontro virtual que reuniu coordenadores municipais de imunização e de vigilância epidemiológica. A reunião teve como objetivo reforçar as diretrizes da Nota Técnica nº 6/2025 e alinhar estratégias entre os municípios, sobretudo os que fazem fronteira com outros países.

Segundo Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES, a prevenção continua sendo a principal ferramenta contra a doença. “O sarampo apresenta elevada transmissibilidade, por isso a prevenção exige vigilância ativa, investigação imediata e bloqueio vacinal seletivo. A cobertura da tríplice viral é determinante para manter o Estado sem registros da doença”, destacou.

Histórico de ações preventivas

As medidas adotadas pela SES não começaram em 2025. Em agosto do ano passado, o Estado realizou a campanha MS Vacina Mais: Sarampo, que contou com um Dia D de mobilização, aplicação da dose zero para bebês de 6 a 11 meses e atualização da carteira de vacinação de pessoas de 12 meses a 59 anos com esquema incompleto.

Além disso, profissionais de saúde foram capacitados em encontros como o seminário Imersão em Sarampo, realizado em municípios estratégicos como Dourados e Ponta Porã. A iniciativa teve como foco o diagnóstico precoce, a vigilância epidemiológica e o fortalecimento da imunização em áreas de maior vulnerabilidade.

Essas ações, segundo a SES, são fundamentais para manter Mato Grosso do Sul livre de casos confirmados em 2025, apesar do cenário de alerta em outras regiões do país e no exterior.