Brasileiros viajaram um pouco menos em 2024, mas abriram mais a carteira na hora de curtir os destinos. Foram 20,6 milhões de viagens no país, uma leve queda de 0,1% em comparação com 2023. No entanto, os gastos com turismo nacional com pernoite subiram 11,7%, totalizando R$ 22,8 bilhões, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (2).

O gasto médio por viagem com pelo menos uma noite fora de casa também cresceu, passando de R$ 1.706 em 2023 para R$ 1.843 em 2024.

Mesmo com os números estáveis, apenas 19,3% dos lares brasileiros tiveram alguém viajando no ano passado, contra 19,8% em 2023. Isso representa 15 milhões de domicílios com pelo menos um viajante. Por outro lado, em 62,8 milhões de casas ninguém viajou em 2024.

Dinheiro ainda é o maior obstáculo - A renda continua sendo fator decisivo na hora de arrumar as malas. Em casas com rendimento acima de quatro salários mínimos por pessoa, 45,7% tiveram pelo menos um morador viajando. Já entre os domicílios com renda inferior a meio salário mínimo per capita, apenas 10,4% registraram viagens.

A principal razão para não viajar ainda é a falta de dinheiro, citada por 39,2% das famílias. Outros motivos incluem falta de tempo (19,1%), ausência de necessidade (18,4%), desinteresse (8,9%), não ser prioridade (7,5%) e problemas de saúde (3,8%).

Viagens pessoais lideram os destinos - Do total de deslocamentos, 17,6 milhões foram por motivos pessoais e 3 milhões a trabalho. Lazer foi o principal objetivo das viagens particulares, com 39,8%, seguido por visitas a parentes e amigos (32,2%). Sol e praia continuam sendo os destinos favoritos entre os viajantes de lazer, respondendo por 44,6% dessas viagens.

Já entre os que viajaram a trabalho, 82,7% foram em função de negócios e 11,8% participaram de eventos ou cursos profissionais.

A pesquisa também revelou que 96,7% das viagens de 2024 foram dentro do Brasil, enquanto apenas 3,3% foram para o exterior.