Pedro Augusto Figueiredo | 02 de outubro de 2025 - 10h45

Zema descarta ser vice de Tarcísio e diz que só desiste da presidência se Bolsonaro for candidato

Governador mineiro reafirma pré-candidatura ao Planalto, defende anistia para Bolsonaro e propõe mudanças no Bolsa Família

NACIONAL
Zema mantém pré-candidatura à presidência e só desistirá se Bolsonaro puder concorrer - (Foto: ABrasil)

Romeu Zema (Novo) não pretende abrir mão de disputar a Presidência da República em 2026. O governador de Minas Gerais afirmou nesta quinta-feira (2), em entrevista à Rádio Eldorado, que só desistiria da candidatura caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volte a ser elegível — o que, no momento, é improvável, já que ele está condenado e inelegível.

“Só não serei candidato se Bolsonaro for. Se ele não puder, sigo com meu projeto”, disse Zema. Ele também afastou a possibilidade de ser vice em uma eventual chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. “Apoiarei Tarcísio no segundo turno, se for o nome da direita”, afirmou.

Zema esteve reunido com Tarcísio na quarta-feira (1º), no Palácio dos Bandeirantes, e ouviu do colega paulista que ele vai buscar a reeleição. “Faz sentido. Ele tem boas chances e não deve abrir espaço para a esquerda em São Paulo”, disse.

Indulto e anistia para Bolsonaro - Na mesma entrevista, o governador mineiro declarou que concederá indulto imediato a Bolsonaro, caso seja eleito presidente. Ele também defendeu anistia aos envolvidos na tentativa de golpe e nos atos de 8 de janeiro.

“O Brasil já deu anistia no passado a sequestradores e assassinos. O que houve agora foi uma fração daquilo. Essa questão precisa ser resolvida”, disse. Se não for possível a anistia total, Zema propõe uma redução drástica nas penas: “Dosimetria de 90% para cima”.

Zema também falou sobre sua intenção de reformular o Bolsa Família. Segundo ele, a ideia é oferecer um incentivo extra para quem conseguir um emprego formal. “Quem tiver carteira assinada terá um prêmio. Precisamos estimular a entrada no mercado de trabalho”, declarou.

Hoje, o programa já prevê uma transição para quem começa a trabalhar com carteira assinada, mantendo parte do benefício de acordo com a renda.