Na terça-feira (30), o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), médico cardiologista e vice-presidente da Frente Parlamentar da Medicina, conduziu uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o avanço das doenças cardiovasculares no Brasil.

Os números dão a dimensão do problema: em 2022, foram quase 400 mil mortes por causas cardíacas e cerebrovasculares — o equivalente a 46 vidas perdidas a cada hora. Para Ovando, a transição epidemiológica que elevou a expectativa de vida dos brasileiros para perto dos 80 anos também trouxe novos desafios. “As doenças cardiovasculares são hoje o principal desafio da saúde pública, porque não apenas matam, mas deixam sequelas e geram custos altíssimos ao sistema”, afirmou.

Especialistas convidados reforçaram o alerta. O diretor de Cardiologia da USP, Dr. Carlos Campos, lembrou que o acesso desigual a novas tecnologias no SUS ainda limita resultados. O deputado federal Osmar Terra (PL-RS) destacou a atenção básica como peça-chave, defendendo o médico clínico como protagonista na prevenção.

Ovando ressaltou que a prioridade deve ser a prevenção, com programas voltados a hábitos saudáveis, diagnóstico precoce e acompanhamento médico contínuo. “Cada dia sem ação significa mais brasileiros expostos ao risco”, disse.

O encontro contou com apoio de entidades como Colabore com o Futuro, ADJ Diabetes Brasil e Unidos pelo Coração, num esforço conjunto para reduzir os impactos da principal causa de morte no país.