CVV lembra em Campo Grande que falar pode salvar vidas
No fim do Setembro Amarelo, coordenador reforçou que o suicídio é um problema de saúde pública e pediu mais políticas de prevenção
PREVENÇÃONa manhã desta terça-feira (30 de setembro), o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande virou espaço para um alerta que atravessa gerações: o suicídio é problema de saúde pública. O recado veio de Victor Yazbek, coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV), durante a palavra livre que encerrou as atividades do Setembro Amarelo na cidade.
Yazbek lembrou que, muitas vezes, as fotos nas redes sociais mostram apenas recortes felizes, enquanto a dor segue invisível. Defendeu que falar pode aliviar o peso, que a escuta é essencial e que os serviços do CVV são gratuitos e sigilosos. Ali, a pessoa pode desabafar sem precisar se identificar.
O coordenador explicou que os voluntários do CVV recebem treinamento, oferecem acolhimento, mas não substituem o trabalho dos profissionais de saúde. Reforçou que todos precisam buscar ajuda quando se sentirem fragilizados.
O convite para a fala foi feito pelo vereador Professor Riverton, que destacou a necessidade de manter políticas públicas voltadas para a saúde mental, principalmente de jovens. Ele lembrou que, no passado, a Subsecretaria de Juventude chegou a contar com 16 psicólogos e que, depois da pandemia, crianças e adolescentes enfrentam novos desafios emocionais.
No fechamento da sessão, ficou a lembrança de que conversar pode mudar vidas. E de que o telefone 188, disponível 24 horas por dia, pode ser a primeira porta de acolhimento para quem precisa.