Trump anuncia orçamento militar de US$ 1 trilhão e retoma ofensiva ideológica
Presidente fala em ampliar marinha, produzir novos navios e até "anexar" o Canadá; críticas a Hamas também marcam discurso
INTERNACIONALEm um discurso no Departamento de Guerra nesta terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou planos ambiciosos de expansão militar, afirmando que se comprometeu a investir mais de US$1 trilhão nas Forças Armadas no próximo ano. Além disso, ele voltou a encomendar a ampliação da frota naval e falou em produzir novos navios de guerra e promover os caças “Boeing F47”, numa referência simbólica ao seu hipotético segundo mandato como 47.º presidente.
“Devemos começar a pensar em produzir novos navios de guerra”, declarou Trump, defendendo que os Estados Unidos recuperem e reforcem seu poder naval. Ele também afirmou que “estamos ricos de novo por conta das tarifas”, exaltando a política comercial adotada por sua administração.
Em outra passagem polêmica, Trump retomou a ideia de tornar o Canadá o 51.º estado americano. De acordo com ele, se os canadenses aceitarem, ganhariam acesso gratuito ao “domo de ouro” (Golden Dome) dos EUA. “O Canadá está passando por um tempo difícil”, declarou. Segundo relatos, os EUA teriam iniciado a construção desse domo, que seria um sistema de defesa antimísseis.
No cenário externo, Trump também intensificou o tom contra o Hamas, durante sua fala ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. Ele avisou que o grupo “vai pagar no inferno” se recusar o acordo de paz apresentado no dia anterior.
Contextos e repercussões
A proposta de orçamentar US$1 trilhão para defesa já vinha sendo debatida na administração Trump.
O “Golden Dome” é um plano de sistema de defesa antimísseis com pretensões espaciais, inspirado no modelo israelense Iron Dome, e cujo custo estimado gira em torno de US$175 bilhões ou mais, dependendo do modelo adotado.
A proposta de anexar o Canadá foi rejeitada de forma veemente pelas autoridades do país vizinho, que afirmam seu compromisso com a soberania nacional.