Haddad minimiza impacto do tarifaço dos EUA e aposta em negociação
Ministro da Fazenda diz que medida afeta famílias, mas não terá reflexo macroeconômico
ECONOMIAO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a minimizar nesta segunda-feira (29) os efeitos do tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, a medida ainda não exigiu do governo brasileiro o uso da Lei de Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional.
Durante a 16ª edição do Macro Vision, em São Paulo, Haddad afirmou que os impactos não devem atingir a economia de forma ampla. “Impacto macro na economia não vai ter nessas medidas anunciadas. Agora, micro vai. E atrapalha muitas famílias brasileiras esse tipo de comportamento que estamos observando”, declarou.
O ministro disse acreditar que a decisão do presidente norte-americano Donald Trump pode ser revista. Para ele, as tarifas prejudicam tanto os EUA quanto o Brasil.
“Não penso que vá durar. Sempre acredito que o bom senso irá prevalecer. Temos de apostar nele, sem bravata. O presidente [Lula] não fez um único discurso de animosidade. Muito pelo contrário. Vamos resolver. Estamos caminhando com dignidade para uma negociação”, afirmou.
Até agora, o governo brasileiro evita medidas de retaliação e insiste em uma solução diplomática.