Carlos Guilherme | 29 de setembro de 2025 - 09h10

Famílias se despedem de vítimas do acidente aéreo no Pantanal

Corpos de Rubens Crispim e Luiz Fernando Ferraz serão velados em São Paulo; piloto foi enterrado no sábado e arquiteto chinês aguarda traslado

FATALIDADE
1 - O arquiteto paisagista e urbanista chinês Kongjian Yu, professor da Universidade de Pequim; 2 - O documentarista Luiz Ferras está entre as vítimas; 3 - Cineasta Rubens Crispim 4 - Piloto Marcelo Pereira - (Foto: Reprodução)

As famílias dos passageiros que morreram na queda de uma aeronave em Aquidauana, a 135 km de Campo Grande, começam a se despedir nesta segunda-feira (29). Os corpos do documentarista Rubens Crispim Júnior e do cineasta Luiz Fernando Ferraz serão velados em São Paulo, em cerimônias realizadas em dias diferentes.

Rubens será velado das 11h30 às 15h30, na Vila Alpina. Depois, o sepultamento acontecerá no Cemitério São Pedro, na zona leste da capital.

Luiz Fernando, por sua vez, será homenageado na terça-feira (30), das 9h30 às 13h30, na Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino, zona sul da cidade. O enterro está programado para o mesmo dia.

O corpo do piloto Marcelo Pereira Barros, que conduzia o avião, foi sepultado ainda no sábado (27), em Aquidauana, onde a tragédia aconteceu. O velório ocorreu na Pax Universal e o enterro no Cemitério Parque Cidade Natureza.

A quarta vítima, o arquiteto chinês Kongjian Yu, continua em solo brasileiro. O corpo já passou por necropsia e teve material genético coletado. A liberação depende de trâmites diplomáticos para que o traslado à China possa ser feito.

Acidente aconteceu após tentativa de pouso em baixa visibilidade - O avião que levava os quatro homens caiu ao tentar pousar na Fazenda Barra Mansa, no dia 23 de setembro. Segundo a polícia, o piloto tentou aterrissar duas vezes, mas na segunda tentativa, por conta da pouca visibilidade, o avião bateu em uma árvore de 20 metros e pegou fogo.

A aeronave era um Cessna 175, fabricado em 1958, que já havia sido apreendido em 2019 por irregularidades. Apesar de ter sido liberado para voar novamente, não tinha autorização para táxi aéreo nem para voar à noite. A pista onde a tentativa de pouso foi feita só poderia operar até 17h39, mas a manobra aconteceu às 18h03.

As vítimas estavam no Pantanal há cerca de uma semana, visitando fazendas e gravando cenas para um projeto sobre o bioma. A equipe voltava de um dia de filmagens quando sofreu o acidente.

O caso é investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e pela Polícia Civil de MS. A delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, confirmou que o piloto não poderia estar voando naquele horário.