Williams Souza | 29 de setembro de 2025 - 07h21

Mamão e ameixa seca ajudam contra o intestino preso, mas não substituem acompanhamento médico

Ricos em fibras e compostos que favorecem o funcionamento intestinal, alimentos podem aliviar constipação leve; casos persistentes exigem investigação

SAÚDE
Mamão e ameixa seca são aliados contra o intestino preso, mas não substituem hábitos saudáveis nem acompanhamento médico em casos persistentes. - (Foto: Freepik)

A constipação intestinal, popularmente chamada de intestino preso, é um problema comum que pode causar dores abdominais, inchaço, perda de apetite e até impacto no sono e no bem-estar. Embora a alimentação seja um dos principais fatores ligados ao quadro, ela também pode oferecer caminhos para aliviar o desconforto.

Entre os alimentos mais lembrados estão o mamão e a ameixa seca, cujos efeitos têm respaldo científico. Ambos são ricos em fibras e compostos que estimulam o trânsito intestinal. No entanto, especialistas alertam que esses alimentos não são “remédios” e devem ser parte de uma dieta equilibrada.

 

Como o mamão ajuda

A fruta contém fibras solúveis e insolúveis que contribuem para amolecer as fezes e facilitar a evacuação. Além disso, possui alto teor de água (cerca de 88% do fruto), o que evita o ressecamento intestinal. Entre os nutrientes, destaca-se a vitamina C, além de vitamina A, cálcio e potássio.

 

Efeitos da ameixa seca

As ameixas secas também têm ação laxativa leve, associada tanto às fibras quanto ao sorbitol, um composto natural que estimula o intestino. Os ácidos clorogênicos presentes na fruta também ajudam a aumentar a motilidade intestinal, efeito comparado ao que muitas pessoas sentem após o consumo de café. O consumo, porém, deve ser moderado, já que o excesso pode provocar diarreia.

 

Constipação crônica requer atenção

Apesar dos benefícios, incluir mamão e ameixa seca na dieta pode não ser suficiente para quem enfrenta constipação frequente. Nesses casos, é necessário investigar causas como dieta pobre em fibras, excesso de ultraprocessados, sedentarismo ou até condições clínicas mais sérias.

Hidratação adequada, prática regular de exercícios e mudanças mais amplas na alimentação são medidas essenciais para prevenir e tratar o problema.