Marc Márquez voltou ao topo da MotoGP neste domingo (28), ao garantir seu sétimo título da categoria com o segundo lugar no GP do Japão, em Montegi. Aos 32 anos, o espanhol encerra um jejum de seis temporadas e iguala a marca de Valentino Rossi, ambos agora com sete conquistas na principal classe do motociclismo. Só o lendário Giacomo Agostini, com oito, tem mais.

A vitória da etapa ficou com Francesco Bagnaia, da Ducati, enquanto o atual campeão, Jorge Martín, ficou fora da corrida após fraturar a clavícula na sprint de sábado. O abandono do compatriota abriu caminho para Márquez comemorar a taça com cinco provas de antecedência.

O feito tem peso ainda maior pela trajetória recente do piloto. Desde sua última conquista, em 2019, Márquez enfrentou uma grave lesão no braço direito em 2020, passou por quatro cirurgias, conviveu com concussões e chegou a ter problemas de visão que o afastaram das pistas por meses.

A virada aconteceu em 2024, quando trocou a Honda pela Gresini, equipe satélite da Ducati. Com uma moto mais competitiva, o espanhol recuperou a consistência: venceu três vezes e somou dez pódios. Somando corridas principais e sprints, foram 25 triunfos em 17 etapas, uma das melhores campanhas da história.

Emocionado, Márquez relembrou a fase difícil. "Cometi um grande erro ao voltar cedo demais. Foi um ciclo duro desde o acidente em Jerez, mas sempre acreditei que poderia voltar. Hoje me sinto em paz, porque lutei e consegui novamente."

Além do hepta na MotoGP, o espanhol também alcançou Rossi no total de títulos mundiais: são nove para cada, considerando as conquistas em 125cc, Moto2 e categorias intermediárias. O triunfo em Montegi consolida Márquez entre os maiores nomes da motovelocidade e o coloca a apenas uma conquista do recorde absoluto de Agostini.