AP | 27 de setembro de 2025 - 10h40

Um ano após morte de Nasrallah, Hezbollah tenta se reerguer em meio a fragilidades

Grupo libanês admite impacto da perda do líder, mas afirma que mantém capacidade de se reorganizar; Israel vê influência reduzida

INTERNACIONAL
Retrato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah - (Foto: REUTERS/Aziz Taher)

Um ano depois da morte de Hassan Nasrallah, líder histórico do Hezbollah, o grupo militante libanês ainda sente os efeitos da perda, mas tenta se reorganizar. A avaliação foi feita por Mohammed Fneish, alto funcionário político da organização, em entrevista à agência Associated Press, na véspera do aniversário da morte de Nasrallah, neste sábado.

“A perda deste líder foi um golpe muito doloroso para o Hezbollah. No entanto, o Hezbollah não é um partido no sentido usual de que, quando perde seu líder, o partido se enfraquece”, afirmou Fneish.

Nasrallah, que comandou o grupo por décadas, morreu em meio ao conflito contra Israel. Desde então, o Hezbollah busca recompor sua estrutura política e militar, enquanto enfrenta pressões internas e externas.

Do lado israelense, a leitura é de que a influência do movimento caiu consideravelmente. Em comunicado, um oficial militar afirmou que “a probabilidade de um ataque em grande escala contra Israel é considerada baixa”. Segundo ele, embora haja sinais de que o Hezbollah tenta reconstruir suas capacidades, esses esforços ainda são “limitados, mas espera-se que se expandam”.

O cenário reflete um período de transição para a organização, que tenta equilibrar o impacto da perda de seu líder mais emblemático com a necessidade de manter relevância regional.