Chá de barbatimão: benefícios reconhecidos, mas riscos no consumo em forma de infusão
Estudos destacam propriedades cicatrizantes da planta do Cerrado, mas ingestão do chá pode ser tóxica e não é considerada segura
SAÚDEO barbatimão, também chamado de lixeira ou casca-da-virgindade, é uma planta típica do Cerrado brasileiro e amplamente conhecida na medicina popular. Pesquisas científicas já comprovaram seu potencial cicatrizante e adstringente, especialmente em pomadas e cremes usados no tratamento de feridas e queimaduras.
Apesar disso, o consumo do barbatimão em forma de chá não apresenta a mesma segurança. A ingestão da infusão pode oferecer riscos de toxicidade, já que não existe definição de dose segura para o organismo.
Potenciais benefícios
A planta contém taninos, flavonoides, alcaloides e saponinas, compostos associados a efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes, analgésicos e antimicrobianos. É por essas propriedades que o barbatimão conquistou espaço em estudos voltados à reparação de tecidos.
Riscos do consumo em chá
No entanto, especialistas alertam que a dosagem terapêutica é muito próxima da quantidade capaz de causar efeitos tóxicos. Além disso, a concentração dessas substâncias varia conforme o solo e o clima em que a planta cresce, tornando impossível garantir segurança em preparos caseiros.
Embora algumas pesquisas indiquem ação protetora para o fígado em condições muito específicas, os riscos superam os possíveis benefícios. Por isso, o consumo da infusão é contraindicado sem orientação médica.