Redação | 25 de setembro de 2025 - 10h15

Mulher é condenada a mais de 4 anos por tentar vender casa-museu de Elvis Presley

Investigação mostra que ela usou documentos falsos e empresa de fachada para tentar leiloar a casa de Elvis Presley

MUNDO
Graceland, a casa de Elvis Presley, em Memphis, no Tennessee, em foto de 2011 - ( Foto: Mark Humphrey/AP)

Uma mulher nos Estados Unidos foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão federal por tentar fraudar a venda de Graceland, casamuseu do cantor Elvis Presley. O julgamento ocorreu na terça-feira, 23, em tribunal federal em Memphis, e o esquema envolvia documentos falsos e uma empresa de fachada.

Lisa Jeanine Findley se declarou culpada em fevereiro de crime de fraude postal. Ela enfrentava outras acusações, como roubo de identidade, mas estas foram retiradas em acordo judicial. Agora, além da pena de prisão, ela cumprirá três anos de liberdade condicional após a saída.

Como funcionou o golpe - Findley alegou que a filha de Elvis Presley havia garantido um empréstimo de US$ 3,8 milhões usando Graceland como garantia. Depois, ameaçou leiloar a propriedade se a família não pagasse um acordo de US$ 2,85 milhões. Documentos de empréstimo foram falsificados e publicados avisos de execução hipotecária apareceram em jornais de Memphis.

Para tornar o golpe crível, Findley usou até três identidades diferentes, com emails, papéis e empresas falsas. Um juiz suspendeu a venda depois que Riley Keough, neta de Elvis e herdeira, entrou com ação judicial.

Uma empresa chamada Naussany Investments and Private Lending, criada por Findley, alegou que Lisa Marie Presley fez o empréstimo que sustentava a ameaça de venda. Segundo promotores, isso nunca ocorreu. A neta Riley entrou com processo afirmando que Lisa Marie nunca fez esse empréstimo.

Investigadores também encontraram documentos falsos assinados por uma tabeliã que negou qualquer vinculação com o caso. Além disso, Findley tentou culpar uma rede de fraude estrangeira, alegando que o esquema vinha da Nigéria.

O juiz John T. Fowlkes Jr. foi enfático ao condenar Findley, dizendo que o caso apresentava um “esquema altamente sofisticado de fraude”. Ele perguntou como Findley pensava que a venda poderia realmente ocorrer e chamou o projeto de “farsa da justiça” se não fosse interrompido.

Apesar da defesa alegar que ninguém perdeu financeiramente, o juiz enfatizou que o golpe foi planejado com intenção clara de lesar. Para ele, a gravidade do crime e o potencial dano justificavam uma pena rigorosa.