Como funciona a campanha de proteção animal em Campo Grande
Com equipes batendo de porta em porta, prefeitura aposta em estratégia para frear a raiva e proteger pets e famílias
VACINA NO PORTÃONa rua de chão batido de um bairro qualquer de Campo Grande, toca-se a campainha e, do portão, alguém pergunta: “Tem cachorro ou gato por aí?” Não é cobrança, não é venda — é a vacinação contra a raiva chegando ao domicílio.
A campanha anual de imunização está acontecendo de casa em casa, organizada pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ). Agora, é a vez dos bairros Santo Amaro, Vila Sobrinho e Vila Popular receberem a visita dos técnicos. Os tutores que não forem encontrados no momento da visita ganham um bilhete com instruções para buscar o atendimento gratuito direto na sede do CCZ.
A vacina contra a raiva é um escudo silencioso: protege os animais e também os humanos. Até setembro de 2025, nove morcegos testaram positivo para o vírus na cidade. Não é um número escandaloso, mas acende o alerta. É nos encontros improváveis, como o de um cão curioso e um morcego caído, que o perigo mora.
“Esses animais noturnos não costumam se aproximar das pessoas. Quando isso acontece, é sinal de que algo está errado”, explica a médica veterinária Maria Aparecida Conche Cunha. “É nesse contato que o vírus pode passar.”
A campanha deve durar até o início de 2026, e a meta é clara: imunizar o maior número de pets possível, sem esperar que os tutores cheguem até os postos — os postos vão até eles.
Enquanto a vacina percorre os bairros, o recado da prefeitura também circula: ao avistar um morcego em situação incomum — de dia, dentro de casa, imóvel ou voando baixo — não tente resolver sozinho. Mantenha crianças e animais afastados e chame o CCZ, nos números (67) 3313-5000 ou (67) 2020-1794 (plantão).