Inquérito sobre seca no Rio da Prata em MS é prorrogado; 148 peixes são resgatados
Promotoria de Jardim cobra laudos ambientais e ações sobre o leito seco após operação emergencial
JARDIMA investigação que apura as causas da seca em parte do Rio da Prata, no município de Jardim, a 240 km de Campo Grande, foi estendida por mais um ano pela 1ª Promotoria de Justiça local. No último dia 19, uma operação emergencial salvou 148 peixes presos em poças no leito seco do rio.
O inquérito foi aberto em 12 de julho de 2024 e tem como objetivo identificar fatores ambientais e possíveis intervenções humanas irregulares na nascente e cabeceira do rio. A prorrogação foi assinada pela promotora substituta Laura Alves Lagrota, em razão de diligências pendentes - como a verificação do retorno do fluxo natural da água.
Resgate como alerta para o problema - A operação de resgate, autorizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), mobilizou técnicos ambientais, policiais, voluntários, fazendeiros e representantes do turismo local. Foram salvos lambaris, curimbas, piraputangas, traíras, pacus-péva, entre outros - totalizando 148 exemplares. Eles foram levados para trechos mais profundos do rio para evitar a mortandade.
O Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim foi requisitado a emitir laudos sobre a situação hídrica no prazo de cinco dias e, se necessário, realocar peixes que estejam isolados em áreas de risco.
No curso do inquérito, o MP já integra informações da Polícia Militar Ambiental e do Instituto Guarda Mirim Ambiental. A promotora ressalta que o MPMS vem autorizando operações de resgate e conduzindo ações para diagnosticar o que provocou a interrupção no fluxo do rio.