Redação | 24 de setembro de 2025 - 09h55

Réu de 59 anos é condenado por tentativa de assassinato de Trump em campo de golfe

Júri declara culpado Ryan Routh após julgamento de duas semanas; sentença será em dezembro

MUNDO
O presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Evan Vucci/AP

Após duas semanas de julgamento, um júri federal levou apenas duas horas na tarde desta terça (23) para condenar Ryan Routh, de 59 anos, por tentar assassinar o expresidente Donald Trump em um campo de golfe na Flórida. O ataque ocorreu em 2024, mas foi frustrado por um agente do Serviço Secreto que atirou e fez Routh recuar.

Ryan foi condenado - (Foto: Reprodução)

Durante o veredicto, o réu tentou ferir-se no pescoço com uma caneta flexível — usada como medida de segurança em custódia —, mas sem sucesso. A juíza Aileen Cannon marcou a sentença para 18 de dezembro; ele pode pegar prisão perpétua.

Procuradores afirmaram que Routh planejou o crime por semanas. No dia 15 de setembro de 2024, ele apontou um rifle entre arbustos enquanto Trump jogava golfe em West Palm Beach. Um agente do Serviço Secreto o identificou antes da chegada de Trump; ao ser confrontado, Routh abandonou a arma e fugiu.

Routh dispensou seus advogados durante o processo, optando por se defender sozinho nas audiências. Ele interrogou apenas três testemunhas, enquanto a acusação levou 38 ao júri. Durante o julgamento, afirmou que jamais teve intenção de matar, alegando que o gatilho não foi acionado e que poderia ter disparado contra o próprio agente.

Nativo da Carolina do Norte, Routh trabalhou na construção civil antes de se mudar para o Havaí. Ele se autointitulava “líder mercenário” e participou de ações controversas, como tentativa de recrutar combatentes internacionais. Em 2002, foi preso com metralhadora e explosivo; em 2010, um armazém seu foi encontrado cheio de itens roubados. Ele já enfrentou acusações de terrorismo e violência política.

Após o anúncio da condenação, o tribunal reagiu com tumulto. A filha de Routh entrou na sala avisando “Pai, eu te amo”. Deputados e autoridades comentaram o caso. Trump disse que o processo foi conduzido com justiça e chamou o ocorrido de “inaceitável”.

A procuradora-geral Pam Bondi classificou o veredicto como “exemplo do compromisso do Departamento de Justiça contra a violência política”.