Supertufão Ragasa atinge Hong Kong e sul da China com ventos de quase 200 km/h
Fenômeno já deixou ao menos 24 mortos em Taiwan e nas Filipinas; cidades chinesas enfrentam inundações e suspensão de serviços
SUPERTUFÃOO supertufão Ragasa provocou destruição e transtornos nesta quarta-feira (24) ao atingir Hong Kong e o sul da China com ventos de até 195 km/h. O fenômeno, um dos mais intensos dos últimos anos, já deixou ao menos 24 mortos em Taiwan e nas Filipinas.
Em Hong Kong, ondas mais altas que postes de luz atingiram os calçadões. Partes do telhado de uma passarela foram arrancadas, árvores foram derrubadas em vários pontos da cidade, e uma embarcação se chocou contra a orla, destruindo grades de vidro.
Mais de 60 pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento médico. Ciclovias, playgrounds e áreas próximas a rios foram completamente alagadas. Restaurantes à beira-mar tiveram móveis arrastados pela força do vento.
Na China continental, a província de Guangdong realocou quase 1,9 milhão de moradores por precaução. O tufão deve atingir diretamente a região entre as cidades de Yangjiang e Zhanjiang ainda nesta noite, segundo a agência meteorológica nacional.
Cerca de doze cidades suspenderam as aulas, fecharam fábricas e interromperam serviços de transporte. Em Macau e Hong Kong, voos foram cancelados e centenas de pessoas buscaram abrigo em centros emergenciais.
Em Macau, as ruas se transformaram em canais improvisados, com entulhos sendo levados pela correnteza. Equipes de resgate utilizaram botes infláveis para retirar pessoas ilhadas. Em áreas mais baixas, a fornecedora local de energia cortou o fornecimento por segurança.
As autoridades compararam a situação ao Tufão Mangkhut, que atingiu a região em 2018 e causou prejuízos diretos estimados em US$ 592 milhões. O centro do Ragasa passou a cerca de 100 km ao sul de Hong Kong e segue em direção ao oeste-noroeste, com velocidade de deslocamento de 22 km/h.
A classificação de supertufão é usada na região para alertar a população quando os ventos sustentados ultrapassam 185 km/h, o que obriga governos e moradores a redobrarem os cuidados.