Em seus 35 anos de existência, o Sistema Único de Saúde (SUS) reafirma seu papel vital como política pública de inclusão social. Em Mato Grosso do Sul, esse marco vem sendo celebrado com uma etapa inédita de estruturação estadual que alia regionalização, gestão hospitalar moderna e investimentos estratégicos focados em ampliar acesso, elevar a qualidade dos serviços e garantir eficiência nos diferentes níveis de atenção.

As mudanças já geram resultados: em 2025, MS superou 2 milhões de doses aplicadas, alcançando a cobertura vacinal desejada pelo Ministério da Saúde; no Ranking de Competitividade dos Estados, o estado conquistou nota máxima nesse quesito. Nos hospitais regionais, o volume de atendimentos está em crescimento constante.

Além disso, a implementação da Pehosp — política inovadora de financiamento — fortalece hospitais locais, de apoio e regionais, promovendo estabilidade, valorização do desempenho e aumento da resolutividade da rede. O NEGEPS (Núcleo Estadual de Gestão da Segurança do Paciente) reforça que o foco não é só eficiência, mas também segurança, humanização e qualidade do cuidado.

Antes do SUS, grande parte da população estava excluída; apenas os vinculados ao antigo Inamps tinham assistência, enquanto inúmeros brasileiros dependiam de entidades filantrópicas, lembra o superintendente estadual do Ministério da Saúde em MS, Ronaldo de Souza Costa. “O SUS nasceu para corrigir injustiças históricas… A criação do sistema foi um divisor de águas”, afirma.

A cerimônia comemorativa ocorreu em 19 de setembro, na sede da Superintendência do Ministério da Saúde em Campo Grande. Autoridades como a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destacaram conquistas como a universalização do acesso, a regionalização da rede e a constante qualificação da assistência.

Resultados que comprovam avanços no SUS de MS

• Vacinação: marca em 2025 ultrapassou 2 milhões de doses aplicadas, alcançando cobertura máxima prevista pelo Ministério da Saúde.
• Atendimentos hospitalares: Hospital Regional de Campo Grande já registra cerca de 40 mil atendimentos mensais, incluindo consultas, internações, exames e procedimentos complexos.
• Segurança do paciente: protocolos clínicos padronizados e gestão de riscos se estendem por hospitais estaduais. O NEGEPS evidencia melhorias reconhecidas nacionalmente.
• Universalidade: em todos os municípios do estado, ações que vão de cirurgias e transplantes a partos, medicamentos, atenção básica e vigilância em saúde alcançam os mais de 2,9 milhões de sulmatogrossenses.

Novas diretrizes da reorganização da saúde

O governo estadual implantou o que chama de Nova Arquitetura da Saúde, com estratégias como:

• Hierarquização e regionalização dos serviços: municípios menores priorizam atenção primária; médios, atenção secundária; grandes, alta complexidade. Isso evita sobrecarga nos hospitais de referência.
• Investimentos estruturais: mais de R$2,2 bilhões desde 2023 foram destinados a obras, equipamentos, veículos, capacitação e incentivos municipais.
• Hospitais regionais já em operação (Três Lagoas); Dourados inicia em 2025; HRMS passará por Parceria PúblicoPrivada para ampliar de 362 para 577 leitos.
• Regulação de fluxos: pronto atendimento do HRMS agora recebe pacientes via regulação; casos mais simples direcionados às UBS ou UPAs.
• Saúde digital: nova sede da Superintendência de Saúde Digital permite telessaúde, telediagnóstico e interconsulta entre os 79 municípios. Já são mais de 188 mil atendimentos especializados por telessaúde; 169 mil exames e laudos; 23,8 mil teleinterconsultas.

Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, "os 35 anos do sistema nos convidam a olhar para trás com orgulho, mas acima de tudo a construir o futuro com responsabilidade. Estamos reorganizando a rede, fortalecendo os hospitais regionais, ampliando o acesso e garantindo que cada cidadão seja atendido com qualidade, no lugar certo, na hora certa e com o cuidado que merece."