O empresário Rubens Oliveira Costa, apontado pela Polícia Federal como participante de um esquema de descontos indevidos a aposentados, negou ser sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, durante depoimento à CPI nesta segunda-feira (22).

Oliveira Costa afirmou que atuou apenas como administrador financeiro em quatro empresas de Antunes, recebendo salário, e que jamais recebeu comissões ou dividendos. “Fui contratado como funcionário, nada além disso. Jamais recebi qualquer comissão ou dividendos”, disse.

Segundo a PF, Oliveira Costa atuava como intermediário do “Careca do INSS” e se recusou a firmar compromisso de dizer a verdade, assim como fez o advogado Nelson Wilians, que respondeu algumas perguntas e depois optou por permanecer em silêncio.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Oliveira Costa o direito de permanecer em silêncio diante dos parlamentares.

As investigações indicam que Oliveira Costa seria sócio de empresas envolvidas nos crimes e atuava como lobista e operador financeiro. Ele negou participação no pagamento de propinas: “Não distribuí nem entreguei e não participei de nenhum ato que fosse a entrega de recursos para quem quer que seja.”

O “Careca do INSS” será ouvido pela CPI nesta quinta-feira (24), conforme confirmado pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Camilo Antunes havia confirmado presença em depoimento marcado para a segunda-feira passada (15), mas cancelou de última hora.