Pedro Lima | 22 de setembro de 2025 - 19h30

Trump alerta sobre Tylenol e associa uso a risco de autismo

Presidente dos EUA defende evitar o medicamento durante gravidez e infância, e questiona vacinas sem apresentar estudos científicos

PRESIDENTE DOS EUA
O presidente Donald Trump. - (Foto: Mandel Ngan / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (22) que o paracetamol, princípio ativo do Tylenol, pode estar associado a um maior risco de autismo e defendeu que o medicamento seja evitado durante a gravidez e na infância. “Não se deve dar Tylenol a uma criança”, declarou.

Em coletiva na Casa Branca, Trump recomendou que o medicamento só seja usado em casos de febre insuportável e apenas uma dose. Ele também citou Cuba, dizendo que o país “não tem acesso a Tylenol e virtualmente não tem casos de autismo”, sem apresentar evidências científicas.

O republicano voltou a falar sobre vacinas, afirmando não querer mercúrio ou alumínio nelas e sugerindo que as doses contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) “deveriam ser tomadas separadamente”. Trump acrescentou ainda que “não há razão para dar vacinas contra hepatite B a recém-nascidos”, novamente sem apresentar estudos.

Paralelamente, a Casa Branca divulgou um gráfico mostrando aumento nas taxas de autismo em crianças de até 8 anos nos EUA entre 2000 e 2022. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a prevalência passou de 1 caso a cada 150 crianças para 1 em cada 31, quase quadruplicando em 22 anos. Em números absolutos, a taxa subiu de pouco mais de 6 diagnósticos por mil em 2000 para mais de 32 por mil em 2022, representando um aumento de quase 400% no período.