Mateus Maia e Cícero Cotrim | 22 de setembro de 2025 - 13h55

Haddad defende democracia e projeta melhor PIB médio em 12 anos

Ministro participou de evento do BTG Pactual em SP e voltou a criticar legado de gastos de governos anteriores

ECONOMIA E POLÍTICA
Fernando Haddad defendeu a democracia e projetou crescimento econômico durante evento com empresários em São Paulo. - Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Durante participação em evento promovido pelo banco BTG Pactual nesta segunda-feira (22), em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a democracia brasileira e afirmou que "ninguém é censurado no país", ao citar manifestações de diferentes espectros ideológicos realizadas na Avenida Paulista.

"O Brasil é uma democracia. Ninguém é censurado. Tanto a esquerda quanto a direita se manifestam livremente na Avenida Paulista", declarou Haddad, ao comentar o cenário político atual e a expectativa para as eleições de 2026.

Segundo o ministro, para garantir uma eleição “decente” daqui a dois anos, é essencial que os debates se baseiem em dados concretos da economia. "Temos que nos debruçar sobre os números reais", destacou.

Críticas a gastos herdados

Haddad também voltou a criticar as chamadas “despesas contratadas” por gestões anteriores, que segundo ele comprometem o resultado primário atual do governo. O ministro tem reforçado a necessidade de responsabilidade fiscal e reformas para garantir o equilíbrio das contas públicas.

Apesar dos desafios, o titular da Fazenda adotou um tom otimista ao projetar indicadores econômicos favoráveis ao fim do atual mandato.

"Acredito que em quatro anos teremos o melhor crescimento médio dos últimos 12 anos ou mais; a menor inflação de um mandato desde o Plano Real", afirmou.

Otimismo com economia

O ministro sinalizou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ciclo de quatro anos com desempenho superior ao observado nas últimas décadas. A combinação de crescimento sustentável, controle da inflação e reformas estruturantes são, segundo ele, os pilares para consolidar a retomada econômica.

O evento reuniu investidores, empresários e agentes do mercado financeiro, em um momento em que o governo tenta manter a confiança do setor privado em meio a pressões fiscais e políticas.