Anna Scabello | 21 de setembro de 2025 - 15h30

Reino Unido, Austrália e Canadá reconhecem formalmente Estado palestino

Países reforçam defesa da solução de dois Estados como único caminho para paz em Gaza; medida contraria posição dos EUA e Israel

CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO
Reino Unido, Austrália e Canadá reconhecem Estado palestino em movimento coordenado antes da Assembleia da ONU - Foto: Andrew Kelly

O Reino Unido e a Austrália anunciaram neste domingo (21) o reconhecimento formal do Estado palestino, juntando-se ao Canadá em um movimento internacional coordenado às vésperas da abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

A decisão, que busca reforçar a solução de dois Estados como saída para o conflito, foi recebida com forte oposição de Israel e dos Estados Unidos, governados por Donald Trump, que rejeitam a medida.

Declarações oficiais

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, escreveu na rede social X:
“Hoje, para reavivar a esperança de paz para palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina.”

Já o premiê australiano, Anthony Albanese, afirmou em comunicado que a decisão atende às aspirações históricas do povo palestino:
“A Austrália reconheceu a Palestina hoje, juntamente com o Canadá e o Reino Unido, como parte de um esforço internacional coordenado para criar um novo impulso para uma solução de dois Estados, começando com um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns capturados nas atrocidades de 7 de outubro de 2023.”

Impacto internacional

Com o anúncio, os três países reforçaram que a criação de um Estado palestino viável e soberano é condição essencial para uma paz duradoura no Oriente Médio. O movimento ocorre em um momento de pressão diplomática crescente sobre Israel, acusado por organizações internacionais de violações de direitos humanos durante a guerra em Gaza.

Mais de 140 países já reconheceram formalmente a Palestina, mas a entrada de membros do G7 no bloco de nações que apoiam a iniciativa tem forte peso político, sobretudo às vésperas da Assembleia Geral da ONU, que deve intensificar as discussões sobre o tema.